27 maio, 2008

Trava...

nos traços de um pincel virtual que deveria transpor todas as idéias que flutuam o cérebro sobre aquele quase estado físico.
nos efeitos dos pequenos pontos da tela que já não trazem criatividade e semiótica.
nas palavras que deveriam ser proferidas no ato injusto.
nas escritas das madrugadas solitárias.
na máquina que já não suporta a inserção de dados com peso maior que sua capacidade.
nas juntas que se encontravam flexionadas numa mesma posição.
no maxilar que insiste perder um súbito movimento desde a necessidade de respiração involuntária.
no momento do desejo ser saciado.
na apresentação de um tema que já não é mais lembrado.
ao tirar a blusa pra ver as cicatrizes superficiais nesse corpo ainda vivo.

O que resta são respostas de perguntas desnecessárias em demasia. Já cansada de responder todas essas perguntas; de estar rodeada de pessoas excessivamente desorganizadas que insistem em falar mais do que ouvir (ou de não falar quando deveriam); de limpar o sangue que verteu; de ter horário pra engolir remédios e sapos;

Talvez, quisesse que o significado dessa trava fosse outro? - Travar de cruzar-se à algo; travar de unir-se à alguém.

26 maio, 2008

Troca-se ombro por orelhas

Não há descrição no momento, se é que seria possivel transpor com exatidão, nas escritas desajeitas sobre a hora de "partir" ou sobre as reações que percorrem o corpo no mesmo caminho que o sangue ferve.

As reações não serão questionadas, somente será guardada a importancia de saber que é especial por existir, dentro e fora daqui.

20 maio, 2008

Seria erronea essa sensação que privo em delirar e evidênciar?
A vida tem sido tão, a mesma. E como um sopro em meus ouvidos, algo aquece-me, emudece-me, paralisa-me. Isso não é erroneo, pois não fragmenta meu corpo e nem minh'alma, mas talvez minha mutação já não me permita mais provar tal sensação.


Petit Fleurs - Pablo Picasso

16 maio, 2008

Alice in Wonderland



"[...] poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?"
"Isso depende bastante de onde você quer chegar"
"O lugar não me importa muito..."
"Então não importa que caminho você vai tomar"
"... desde que eu chegue a algum lugar"
"Oh, você vai certamente chegar a algum lugar, se caminhar bastante."

Um amigo me remetiu essa nostalgia.
Lembro-me de como eu, incansavelmente, folheava as páginas desse livro a procura de algo que nem sabia ainda o que.
Ontem eu não entendia, hoje talvez entenda.

13 maio, 2008

Anoiteceu, com aquele aroma característico e o brilho artificial nas ruas, reluziu uma nuance já vista aos arredores. Por breve instante seus contornos foram registrados e guardados na memória.
Por ora a cena se repete em cenarios alterados, e a cada encontro um fragmento se pôe ao seu lugar.
Até então um único vínculo evidencia esse encontro, e um dos corpos não se expõe.

11 maio, 2008

Mãe

A beleza de seus olhos
A inquietude de suas ações

Os anseios de minhas saidas
Os afagos na minha dor

Os ensinamentos que hoje me faz mulher
E a vida, o melhor presente que me deu.

Somente a ela dedico este
Somente a ela meu coração pertence

10 maio, 2008

Fotografia parte II

Saiu a minha primeira nota em Análise e produção da imagem (mais conhecida como fotografia - Enfeitam o nome talvez pra tornar-se apresentável num curso de bacharelado). Nota: 10
Com um bom método de avaliação
T1
- Tema (cenas inusitadas)
- Composição
- Acabamento
- Criatividade

Index do Parque do Ibirapuera com as duas fotos escolhidas para amplição destacadas:



Seria uma vergonha se eu não atingisse essa nota, porém continuo insatisfeita com o index da saída noturna:



Tanto que eu notei que a escolha não foi extensa como o index do parque.
Sexta é entrega de duas ampliações entre quatro escolhidas pela prof. Sim, ela só escolheu quatro de mais de 30 fotos. Isso prova que eu não estou errada com a minha insatisfação.
Enfim, é esperar pra ver.
O auto retrato também ficou "meia boca".

Aguardo resultados.

05 maio, 2008

Fotografia

Atividade 2 - Fotografia noturna
Atividade 3 - Auto retrato
Atividade 4 - Relatório da exposição "Outra cidade", expo da profa. Daniela de Moraes.

Estou extremamente insatisfeita com os resultados dos meus últimos registros fotográficos, da saída noturna.
A entrega do index é nessa sexta. E o meu auto retrato ainda nem finalizei.

Não estou tão inspirada e isso me frustra. De 190 fotos, 35 foram aproveitadas. O processo é sempre longo. Uma foto nunca vai estar suficientemente satisfatória nos primeiros clicks. Ainda mais quando se trata da autoria de alguém tão metódico como minha persona.
Não vou dizer que as 35 fotos não ficaram boas, mas não há uma sequer que eu olhe e diga: "Nossa que foto foda!"

Preciso aprender a fazer retratos, mais espontâneos. Porém, não gosto de abordar "estranhos", sinto-me invadindo a particularidade alheia.

Ora outra navego por sites do gênero, apreciar as mais variadas formas de fotografar, sinto-me "deficiente" por ter que fazer milagres com uma S90.
Próxima aquisição (sabe-se lá quando será possivel), uma reflex urgente! Talvez uma Nikon.
E cada dia que passa, mais me apaixono por fotografia. Apesar de fazer Design, ainda farei do meu hobbie uma profissão.

Fotografar pra mim é absorver a vibração em forma de luz, o momento e a sensação, esquecendo por completo, nem que seja por segundos, tudo aquilo que um dia me tocou. Transponho apenas o externo pro interno e vice-versa, nesse espelho que dotei.



Av. Paulista. Torre da Gazeta
[Abr/08]