26 junho, 2007

Dêem-me um mastro pra equilibrar nesta corda bamba enquanto caminho com tanto pesar.
Por que metade de mim é "sim", e a outra metade é "não".

25 junho, 2007

Paulista e Templo Zu Lai

Tarde de sábado, já estava acomodada com a hora, o local à não mais sair dali pra sequer beber um copo d'agua, pois a estagnação mental já havia tomado conta. Após alguns minutos na caixa virtual bastaram para poder alinhar seus pensamentos afundados. De dois telefonemas, decidi levantar e sair.
Pessoas relapsas e conversas extensas que acalentaram tantas ansias atuais. Algo que prova que não importa o quanto longe alguns se mantêm mas sempre farão a diferença e serão sempre presentes quando vc menos esperar, ou quando vc mais acredita que é de outras que vc precisará.
Sentiu-se mais livre por falar, mesmo sabendo que os problemas não voam como o tempo.

Manhã de domingo, dirige à cidade próxima, em busca de um lugar onde a serenissima e a beleza é eminente.
Tentar refletir, ou apenas esquecer que o mundo é mundo por apenas alguns segundos. Fato! Não foi isso que consegui, talvez por dispersar em pensamentos, e concluir que por um segundo me aproximei demais de onde não deveria e me distanciei demais daquilo que queria.
Sensação estranha.
Intuição? Percepção?
Só sei que de lá eu queria me mandar.
Vontade de ir embora, tanto de "corpo como de alma". Talvez, e novamente... seja tempo de "partir".

De qualquer forma, agradeço aos que de ombro fizeram-se neste fds.

20 junho, 2007

Segredos

Por mais sinceros que sejamos, pelo coração mais limpo que tenhamos, todos temos um segredo, jamais a ser revelado.
Não teremos tempo suficiente pra conhecer alguém, se é que algum dia conseguiríamos essa façanha.
Poderiamos viver anos à fio e jamais algum dia saber o que se passa dentre suas facetas; em suas mentes, seus desejos, seus segredos.

Mas pra muitos e com poucas peças conseguimos descobrir infindas características, infindos detalhes a serem desvendados, sendo eles completos ou não. Com algumas peças que se encaixam, chegamos aos entendimentos das intuições iniciais que até então estavam turvas, suficientes ou quase eminente a deixar-te cega. Lançando à uma saída desse lodo de mentira, porém fazendo-me olhar que aqui dentro também existem facetas.
Por mais sinceros que sejamos, sempre esconderemos um segredo.

14 junho, 2007

Nunca é tarde

Silencio ou talvez omito alguma reação dentro de mim, sempre por não querer estender seu tempo, ou tocar em alguma parte que não houvesse entendimento. Sem querer causar algum tipo de impressão quando na verdade traz à tona o inverso.
As vezes preciso submergir com estes erros, pondo-me cega no ato de tal, pois posso ferir-lhe com nula intenção.
Até então, eu tento. Eu juro que tento.
Algumas vozes já disseram pra continuar tentando, mas agora, neste caso, eu só preciso de tempo.
Tempo pra saber se entenderia, como uma visão de um ser e não apenas de um mero; .
Tempo pra contar as infindas histórias tristes
Tempo pra saber se ainda queira preencher essas lacunas ou estas cicatrizes.
Mesmo que em curto prazo de tempo.

Eu ainda reluto com essa perseguição e esta solidão.
Desde que eu tenha a certeza, eu juro que tentarei.
Enquanto isso, eu inundo em reações, espontaneidades e sentimentos não esperados desde a primeira impressão. E que crescem. Isso pode ser um tanto profundo, mas entenda que isso é apenas uma felicidade momentanea na qual deixarei ser que ela seja eterna enquanto durar.
Mesmo que me parta em mil pedaços, mesmo que eu erre, mas não me arrependerei, pois nunca é tarde pra dizer ou expressar.
Nunca é tarde pra viver, qualquer que seja o sentido.
Nunca é tarde pra pedir perdão, por um ato humanamente imperdoavel, ou inversamente recuperavél.
Nunca é tarde pra olhar os erros e mesmo que não sejam recuperados, reconhecidos.
Nunca é tarde pra ver o quanto é bom acordar e ver que isto não é um sonho, não agora.

Eu ainda verei minhas frias mãos
Nunca é tarde...

04 junho, 2007

Sensações com "Portishead"

*banda britânica de trip-hop
Não apenas pra mim, mas a maioria que ouve, quer provar e comprova de que não é apenas uma banda de trip-hop ou batidas eletrônicas em slowtime e desaceleradas, mas suas trilhas distinguem-se por únicas e harmoniosas sensações, de atos solitários aos anseios mais libidinosos.

.num suicidio mergulho teatral escrevo o que se traz à tona cada batida à imaginação:

"...um corredor com carpete vermelho ao seu fundo uma porta entreaberta.
Desperta-se uma intensa indiscrição, e lentamente a visão propaga-se num quarto com luzes fracas. Janelas com cortinas esvoaçantes escancaram a alvorada, e o brilho externo distingue a silhueta à luz.
Sente-se aquele aroma embriagante, talvez cravo e rosas brancas, juntamente com vapores do vinho tinto às taças ali já usadas.
A silhueta move-se ao encontro do toque de quem ali se aproxima. Leves toques, que até então seriam árduos, quase imperceptiveis, das vestes à pele quente, e em seus poros suspendem e em arrepios recebe-os emudecendo todos os outros sentidos. Aos poucos eles reconstituem, e cada matéria e ruídos traz à tona as sensações embriagadas.
Com um dos dedos o fio é afastado da boca molhada e seguro atrás à nuca. Ao escuro as bocas se aproximam lentamente e num beijo hesitado e brilhante pelas salivas os anseios são saciados.
Intensificando em inimaginaveis e incontaveis apreciações.
A cada toque, a cada som, aguça-se as fantasias trazendo a tona todas as vontades já retraidas..."

Sozinho ou acompanhado... ouça Portishead e termine a história ao seu modo com as sensações obtidas.
Sugestões: Glory box e roads