29 dezembro, 2006

Uma sexta feira como outra qualquer (ou quase)

Teoricamente eu não deveria levantar... E em meu estado "off" á encarar mais um dia do fim de ano.
Hoje o maldito acordou tímido, para minha sorte... Afinal odeio o calor que ele traz consigo. Principalmente no horário do meu almoço, que por sinal abomino, mas é a única hora que sacio uma necessidade... E lá está ele, no ápice de sua temperatura.
Chego em meu destino pronta pra não ouvir baboseiras e realizar minhas funções que nem uma máquina, como quando o operário aperta um botão e ela apenas faz seus trabalhos.
Não tô com muita paciência pra contestar algo com alguém que vem de fora pra encher.
Não tô com muito saco pra atender aquele aparelho branco irritante, e ter que ouvir alguém que não queira falar comigo do outro lado, mais irritante ainda.
Não tô com paciência com risinhos ou papos de fim de ano, e aquele sorriso falso estampado no rosto, em um lugar que já me vejo com um pé fora.
Não vejo a hora de descansar... É só isso que preciso.

Estava até que bem animada fazendo um check list para o fim de semana, mesmo com algumas pessoas dificultando com assuntos irrelevantes.
Depois de algumas horas, e tentativas frustrantes para procurar e dividir itens, calcular os custos e a média de consumo, definitivamente broxei

Ah claro, no fim da tarde ainda terei que estampar a falsa satisfação de me despedir e "desejar" algo inverso, quando na verdade gostaria de sair na espreita, já que ninguém iria sentir minha ausência. Ah não ser que eles tenham que pedir pra fazer listinhas, e aquela rotineira chata e estorvante da parte administrativa em andamento, claro.

Enfim, e a noite acabei marcando algo pra poder colocar pingos nos "is" e aliviar essa minha check list. E que esse meu humor formidavel não acabe ou altere mais ainda em uma pessoa que não tem nada a ver, e em outra na qual eu gostaria de desconsiderar uma indagação dita nesta tarde, mas persiste em me emputecer.

Veremos... Já são 17:10... faltam 35min
Aquela sensação de dançar no corredor e correr até o elevador é magnifica... Melhor ainda, é sentir o vento conforme o trem se aproxima da plataforma e suas bifurcações.

O que fica?

Lendo um texto, talvez, não em mesmo sentido para tal interpretação, na qual ele quis transpôr, mas me toquei de algo incrivel. Pessoas que em algum dia foram importantes, vão em vida de nossas vidas, porém algumas registradas como feridas.
Porque insistimos com dor? Se o que vale hoje é a felicidade de estar conosco os mais intensos, vivos e valorosos seres. Se o que vale é o que fica, e não o que vai.
Uma coisa que pode-se levar em conta é de que não vale a pena sofrer, a que um dia o tratou com tal indiferença como se fosse só mais um pra contar.
E vendo o que foi essencial, poderia dar-lhe aquele conselho digno sofrido, limpo e entregue à você da forma mais sincera... "Saiba que solidão ora outra é necessário. Jamais supra suas próprias necessidades em alguém, na qual você mesmo deposita, sem mesmo o outro alguém saber que ele supriria aquilo que você esperou, o que não pôde fazer por si só"... Decepção poderia conclui-lo.

A tal indiferença não se mostrou relativa naquele instante, por mais que tentava disfarçar sua curiosidade pelo presente avistado. Talvez aquilo que guardei a tempos tenha voltado após sentir um gosto diferente, afinal, o ego do suposto causador não tenha mais importancia.

Outro dia disse à um amigo, "alguém sempre tem que estar por cima do outro". Como estar no topo de uma cadeia alimentar. Os de baixo sofrem constantes devorações e suas espécies somem ou transformam-se cada vez mais para a sobrevivência em meio a outros.
Alguns renunciam, outros se entregam.

Mas ainda acredito e finalizo, botando um ponto final, pois desde então ou talvez desde a penúltima vez, declaro, que o enterro.

07 dezembro, 2006

Demonstrações em visões

Fez-se rigida sua expressão enquanto tentava não demonstrar nenhum tipo de reação quanto a surpresa de ver sua imagem.
Direcionou sua cabeça ao nivel de seu queixo mesmo tentando não demonstrar nenhum tipo de expressão.
Fez-se como um cego, surdo e mudo, tentando ignorar ou com medo de algo que lhe incomodava.
Enquanto sua visão aparentemente feliz, dali se distanciava cada vez mais, o olhar fixou a isolada e exclusiva imagem reluzente.
Quanto tempo não se viam. Talvez um mês, talvês bem mais, talvez mais de um ano. Depende da forma que considera-se "ver", "olhar", "sentir" de forma diferente de todas as outras as vezes que foram em vão.
O que pensou? Ficou com medo?
Grande coisa, depois de tantas lágrimas...
Todas elas secaram-se
Todas elas já não mais se esvaem.

29 novembro, 2006

Dor

..."Experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. A dor é sempre subjetiva. Cada indivíduo aprende a aplicação do sentido através de experiências relacionadas com lesões anteriores.É uma sensação em uma ou mais partes do organismo mas sempre é desagradável, e portanto representa uma experiência emocional.Podemos considera-la como fenômeno ‘biopsicossocial’ que resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais e sociais."

Certo dia um amigo meu disse: "Algumas pessoas reclamam de tão pouco, como uma dorzinha de cabeça, sem pensar que muitas pessoas já passaram por algo bem maior e pior, e não reclamam tanto assim."

Eu: "Você tem que entender que algumas pessoas não tem ponto de vista de dor maior. Pra elas uma dorzinha de cabeça é uma dor suficiente a ser reclamada."

Sem muitos conhecimentos ou explicações técnicas e cientificas sobre o assunto. Mas visando o contexto acima, poderia concluir que quanto maior ou constante for a dor, gradualmente modificamos os conceitos. E uma "trivial dor" não seria sentida ou indagada. Pensando bem, isso pra mim tem um pouco de fundamento, ao lembrar das mais diversas, possiveis e constantes dores já sentidas durante longos periodos da vida.

23 novembro, 2006

No limite

Sem paciência para lhe dar com coisas que persistem;
Esperando as responsabilidades que vem cada vez mais a tona.
Não me cobre aquilo que nem você mesmo possa dar pra alguém ou pra si.
Não espere sentado ações altruistas.
Não me obrigue a escancarar uma "discussão".
Poupe-me de comentários tercerizados, ou cérebro desprovido de bom senso e maturidade.
Não me venha com discussões irrelevantes e pedancia, ao invés disso vá ter diálogos sinceros com seu circulo social ou fazer algo de útil ao invés de se lamentar pela vida que nem foi vivida direito.
Odeio qualquer tipo de "interação" do tipo: "Beltrano (anônimo) disse pra fulana, mas a fulana comentou com ciclano, e o fez prometer não comentar p**** alguma com você. Ahh poupe-me! Não me venha com "meio assunto", aliás, não existe meio assunto! Ou fala ou se cala!
Poderia ter passado "batido" dessa.
Odeio pessoas "surdas" (que só ouvem o que querem, ou nem ouvem, só falam).
Cuidar da vida é bom! Caso não ocorra com sucesso, gatos são bem vindos (7 vidas tá bom né?) rs
Isto não é recado. E nem um blábláblá virtual.
Mais alguns "detalhes" eu juro que vou ter um colapso nervoso.
Meta: Ausência física e organização.
Enfim... preciso de tempo.

18 novembro, 2006

Mais um...

pra contar, pra aguardar.
Quantos flashbacks fiz de um ano pra cá?
Muitos! Alguns voltando a exato 365, outros recentes.
Não precisei chegar aos 23 pra saber o quanto de experiência uma dor e uma alegria nos faz amadurecer. Idade pra isso, não quer dizer nada.
Ou o tanto de dificuldade e sonhos nos fazem ver que a vida não é simplesmente sobreviver, mas sim viver.
Não me vejo saudavelmente com mais de 30. Meu físico não me permite a isso. Mas assim espero estar, porém não consigo ver.
Aos 16, ainda acamada me via realizada se chegasse aos 23. Cá estou eu.
De lá pra cá, quantos acontecimentos.
Quantas vivencias merecedoras de cada passo, de cada lágrima.
Quantos arrependimentos que no fim não passavam de mais uma lição.
Vendo quando criança, o quanto ansiava por esta data, pra ter a sensação de sentir cada possibilidade com a idade atingida. Fazer mais um ano hoje em dia é o de menos. Tanto que vejo que algumas pessoas idosas tem razão quando dizem. A cada ano que passa você nem quer saber mais, ou nem lembra mais o que é fazer mais uma data.
Isso parece deprimente não?
Mas não me importo me delicio a cada instante

Ontem, hoje pra lembrar que foi bom, foi maravilhoso e estive ao lado de pessoas na qual respeito e sempre vou querer estar ao lado.
Obrigado a todos que lembraram, mandaram algum tipo de recado, carinho e estiveram presentes de alguma forma.
Angra daqui algumas horas. 15 anos e inicio da turnê Aurora Consurgens

Enfim, finalizo este dizendo que estou feliz, amanhã não quero pensar em algo que persiste. Assim espero continuar.

09 novembro, 2006

Conselhos

Sempre disseram que meu forte era esse, mas eu nunca achei que fosse capaz disso, ou então que tivesse a intenção de usa-los.Nunca gostei de dar ou receber. Talvez uma opinião doce e sincera fosse muito mais valiosa do que um complexo sermão racional ou um segmento de como agir. Talvez achava que pra isso era necessário intimidade e confiança. Ou então tivesse experiência e capacidade suficiente pra tal ato.
Sentada, ouvi ele dizer:
"Conselhos é tudo aquilo que alguém tem de doloroso dentro de si, tirado, limpo e entregue a você da forma mais sincera. Sendo que a pessoa que te entrega ainda tem que reviver todas as
dores. A forma que você usa esse conselho, cabe unicamente a você, se usar, e como usar".
Depois disso infinitas palavras que saiam de seu coração calavam dentro de mim, e voltava de forma arrasada, envergonhada.
Porém capaz de serem absorvidas e ecoadas dentro da minha consciência.

Caminho

Andando, ouvi ele dizer:
"Quando você faz um caminho e erra, você tem que voltar este mesmo caminho, andando, mas sempre você o faz de forma diferente. Tentando mudar o que você errou da primeira vez. Portanto o erro não é um caminho e sim dois".
Pra ele, por um momento, poderia parecer que eu não ouvi toda forma harmonica e poética que ele tentou expressar. Desculpa se não consegui expressar, quando você me perguntou: "Entendeu?" Pois fiquei digerindo, alias, continuo.

03 novembro, 2006

Faltam...

...15 dias...

O tempo vem ao seu encontro,
a cada tic tac, desenrolo...

O tempo passa rapidamente,
a cada passagem, uma miragem...

O tempo passa lentamente,
pra ansiar o que já sente...

O tempo passa, espaça, desgasta, e passa.

...16 dias...

Tentarei matar,
tentarei esquecer aquele andar.
Tentarei ser fria,
tentarei ver o que não havia.
Tentarei mover, pra muito longe esse teu ser.

30 outubro, 2006

Regressão mental

Sentada no assento de um transporte público, os pensamentos fluem de forma regressiva. Ignorando os aspectos de passagens mais distantes, volta a tona o que passou durante o ano.
Inicialmente seu ciclo social aumenta a cada mês. Onde não está acostumada com tal, tenta ver o que pode encarar. Verificou o quanto há afinidades e aproximação em contentamento em um ciclo, mas juntamente as diferenças e disavensas.
Uma grande oportunidade para ela fazer o que mais lhe agrada: Observar
Eles fazem ações na qual nem imaginam que possam ser vistas com os olhos da alma.
Um à um; analisados, descritos e anotados dentro de uma caixinha. Com isso pode-se basear como lidar com cada um.
Apenas uma forma e um jeito para adaptar-se ao invés de complicar. Parece até perfeito como um plano infalivel. De certa forma muitos são inconstantes, volúveis e inconsequentes, mas nada que uma análise antecipada ou apenas provocar reações não resolva um adequado perfil momentâneo.
Por tantas vezes ela errou, talvez incontavéis vezes.
Além dos fatos e aprendizados de como saber ser alguém melhor absorvendo um pouco de outro ser. Outras reações e sentidos aparecem a cada passo.

Por tantas vezes ela ansiou se isolar desses; ela queria voltar no tempo pra consertar o que já tinha feito; ela escondeu algo; ela receou; ela se achou uma completa estupida por ter derramado uma lágrima ou fazer ser derramada; já quis dar-lhe um tapa à face; viu o quanto foi desprovida de percepções antecipadas por tal cinismo e teatro de alguns seres que se fazem de silenciosos e já nem quer mais saber, e muito menos se arrepender e entender, pois a filosfia já está ao seu lado.
Mesmo não tendo tantas convicções concretas à caminho, definitivamente tem certeza que ela quer permanecer aqui, estagnada, sem se preocupar absolutamente com as matérias que solidificam essa certeza, e que não faz por merecer.

17 outubro, 2006

Inicio, meio... e por fim, o fim

Sentidos...
Quando é que isso termina?
Entrou à um mês e talvez permaneça mais um.
Estampada a imagem que permaneceu do início ao meio, depois mesclada, modificada e partida, resistindo e insistindo em permanecer dentro de uma mente que deseja o esquecimento, e a fúria das banalizações. Querendo definir este extremo: continuar com a imagem e pregar-se aqueles dias, ou odiá-la pro resto dos tempos?
O que aliviaria?
Querendo tomar rumo, chegando em vários pontos, mas continuando a solitária jornada ao ponto de partida.
Ciclos entornam a vida dos seres.
Cabe a quem sair desse vicío imaginário? Como, quando, onde, por quê?
Auto sofrimento, auto destruição.
Tocando na ferida que tentou cicatrizar a muito tempo, mas numa determinada época ela insiste em voltar a sangrar;
Não há cura, não há volta. E se houvesse não seria sinônimo. Não teria conjugação.
Sensibilidade e águas que escorrem verdadeiramente
Cansaço em tentar levantar esses pesados pés pra dar um passo a frente, sem que tropece novamente em caminhos tortos pedregulhosos.
Necessidade em gritar e falar tudo que entala na garganta, seca de coragem.

Pare! Deixe partir! Tempo de reconstruir. Pare de pensar! Vá! AGORA! Vá embora parcialmente, mas vá!
Deixe o que foi bom, deixe o que mereceu.
A história construida entre castelo e guerras, as muralhas hoje cercam tal destruição, mas ainda existe aquela ponte que liga as margens em longa extensão.
Definitivamente... Está ligada, mas não mais presa.

Dead Heart In A Dead World - Nevermore

To see the last survivor fall
To see their bastards sons against the wall
To see the emptiness as we decay
I see the world is dead,
I am betrayed
Dead heart in a dead world
Dead heart in a dead world
This rotten hole that
I call home bled dry again
This lesion marked upon my soul
Left an empty hanging man
Across the fields,into the sea
To find the light from within
Out of this lake
I've tried to crawlI think
I'm there and then again
I fallAgain I fall
Burn your gods and kill the king
Subjugate your suffering
Dead heart, in a dead world
We must remember wounds so deeptake time to healand sometimes though we struggle stilllife seems surreal
Emotions turned to cold dead wood
Can still have life once more
The door that slammed upon your heart
Torn away, torn away
Burn your gods and kill the king
Subjugate your suffering
Dead heart, in a dead world
Burn your gods and kill the king
Subjugate your suffering













Dead heart, in a dead world
Dead heart, in a dead world

28 setembro, 2006

Admirável Virtual Mundo Novo: Verdades e mentiras se difusam

Comodidade e surrealismo são as palavras desse mundo, hoje.
É o contato virtual dentro de digitações e imagens que nos fazem viajar em mundos sem fronteiras.
Você pode ser você, você pode interpretar.
Uns são premeditáveis outros voluveis. Tanto faz a forma que se apresenta dentro deste mundo surreal. Onde cada um busca o que mais lhe agrada ou apetece.
Tudo parece perfeito. Um cenário adequado, onde os pensamentos fluem e interagem com outros pensamentos mesmo que em distancia psicológica e física.
As correlações podem ser conferidas a cada troca de informações. Cada minuto gasto nesta tela parece a entrada para um mundo na qual não lhe pertence. Ansiando cada vez mais o desenvolvimento de novas idéias, e extremidades tentando buscar "um lugar ao Sol". Surtos e difusões do que realmente são ou não.
A cada contradição, uma ilusão.
A cada inexistencia uma sentença.
Respirando esse mundo virtual, cegueira e consciência tomam conta de cada um, de forma incontrolavél e insasiavel, conseguindo testar a capacidade de interação e observação de cada perfil. Dando a oportunidade vantajosa de saber de que forma reagir e agir com cada um.

Bem vindo a este mundo extremo, onde os mesmos se fundem e fendam novos caminhos.

05 setembro, 2006

Fantasmas, recaidas e conspirações de Murphy

Tarde de domingo percebi o quanto ainda o sinto, mesmo que uma chama quase extinguindo.
Manhã de segunda, falo por MSN com um amigo, o quanto sinto falta do fantasma, e o quanto sinto-me mal de procurar e chegar ao mesmo ponto que parti.
A tarde se passou, e nada mudou.
Tudo conspirou pra que eu saisse mais tarde daquele inferno de avenida;
Que estivesse tão frio a ponto de não querer esperar o onibus que normalmente pego;
Conspirou pra que eu quase perdesse um outro ônibus, mas ele esperasse eu embarcar;
Pra que eu sentasse a vista num corredor e não pegasse no sono ao som de Lacuma Coil, e o destino passasse naquela rua e alguém embarcasse no mesmo...
E por fim olhasse pra mim em súbita surpresa duvidosa e angustiante;
Ficasse ambos aparentemente e completamente desnorteados.
Os mesmos sentidos quando o vi pela ultima vez
Foi como um flashback de 1.290 dias passassem na minha mente em segundos.
Pensava o que ele lia?
O que ele andava ouvindo?
O que ele pensava?
Será que ele gosta mesmo daquela pessoa que está ao seu lado atualmente?
Será que ele ainda sente o mesmo que eu?
Será que algum dia poderia vê-lo da mesma forma que o via?
... tudo isso enquanto o observava a 1m de mim, olhando sua perna próxima ao corredor e suas mãos que um dia tocaram meu rosto, seguravam seu assento da frente.
Chego ao meu ponto final, vejo seu rosto refletido no vidro, acordando de um sono. E olhando pra fora, aquele local parecia-lhe familiar, sim o meu ponto final... E assim eu desço, e ele continua, aguardando mais 3 pontos até seu destino.

Eu desço a rua deserta, escura e fria, juntamente com minhas lágrimas que congelam sob as ventanias e se perdem no ar, na pele e nos cabelos.
Chego ao meu lar, reviro entre portas e roupas um unico lugar onde se mantem intactas todas as promessas escritas, todas as imagens estampadas...















... e vejo as substituições , as incoerências, os esquecimentos, a banalização, os desgastos e perdas de tempo, e por fim concluo,
ainda sinto...

Preciso partir, o que deveria ter feito à mais de 10 meses.

04 setembro, 2006

Comparações

Intrigante e incrivel a capacidade de comparar. Ou seja estabelece semelhanças ou diferenças de "N" coisas dos substantivos.
É muito engraçado ver a falta de atividade que tem uma pessoa que o faz.
Eu adoro provocar reações que emputecem individuos com atividade em zero escala de satisfação própria. Afinal quem compara minhas ações não são capazes de supera-las, fica a todo instante tentando chamar atenção de forma crítica aos outros.
Cópias também são como artíficios da mesma categoria.
Ah por mim tanto faz. Melhor, pior, igual, diferente. Eu sei que no fim isso não passa de bode expiatório.

01 setembro, 2006

Substituições...

...são tão fáceis e rápidas como trocar de roupa...

Um curto vão de ausência faz o que até então fosse importante ser substituido por uma imgem ou uma atração voluvel.
Seres humanos costumam mudar de idéia da mesma forma que mudam de roupa rs

Bem isso foi apenas um comentário esdruchulo pra descontrair esse fato que ainda não foi digerido.
Mas de qualquer forma eu continuarei analisando as pessoas e suas ações. Afinal a inercia da minha fisica fala mais que a minha filosofia.
Posso ser um ser com aptidões pra sentir, mas sou mto mais analitica e prefiro sentar pegar minha pipoca e ver o teatro alheio.

Mas de qualquer forma prefiro permanecer ao lado de alguém seja lá de que forma seja, do que não permanecer e ainda por cima ver cenas fervorosas de camarote.
Passei pra esse assento e até que não tá sendo tão ruim... Huahuahuhaua

Malvada mode: on [off]


Mas finalizando: Eu não quero entender e mto menos condenar ninguem, afinal quem sou eu pra fazer isso se na historia e no fim dela sou sempre eu que sou condenada.
Essa pancada até que é boa, já estou acostumando, mas prefiro ficar quietinha no meu canto comendo minha pipoca.

23 agosto, 2006

Just feeling por Feelings

Há alguns meses atrás (...)

Bem antes de tudo isso, eu confesso que eu tentava entender a obscuridade dentro da cabeça alheia e o "porquê" das coisas. De tudo que errava o alvo ou decaía.
Após uma viagem (em ambos os sentidos), eu me dei conta de que eu poderia mover o mundo e devolver algo perdido pra alguém, mas que jamais entenderia a cabeça dela. Afinal as verdades estão guardadas dentro da nossa caixinha chamada auto preservação e particularidades. E quanto mais você tenta se adentrar, mais distante da conclusão e da pessoa você fica.
Pois bem, quando eu realmente me dei conta de que isso seria pura perda de tempo e que ela se afastava cada vez mais de mim por isso, e por algum instinto próprio de repulsão, eu parei e pensei:
"O que eu estou fazendo? Não quero isso! Se eu não quero que as pessoas tentem decifrar-me, meu passado e meus enigmas, porque eu quero decifrar essa incógnita estampada em seu rosto? Ela não quer ser decifrada. Se quisesse seria mais clara e comum como qualquer um por aqui"

Foi a partir daí que me livrei de todas as encanações possiveis e imaginaveis dessa luta contra algo indecifravel; que eu passei a usar mais o respeito; que eu parei de querer entender o que está fora e tentar negar o que está aqui dentro.

Não preciso entender; não quero entender; nem as minhas, e muito menos as suas.
Só precisamos deixar que as coisas venham ao nosso encontro.

Filosofias e razões vitais me trouxeram o que prova minha existência aqui, que é uma coisa essencial: Sensações.
Amor/ódio, alegria/tristeza, cura/dor, paz/angustia; seja lá qual for.

Me tornei alguém com aptidão aguçada para sentir. Sem querer negar ou arrancar de mim qualquer tipo de reação.

Não esqueça que você tem uma vida pra cuidar; Não tente decifrar; Não seja teimoso; Não aconselhe; Não seja o dono da razão absoluta perante os questionamentos de outrém; Deixe os segundos virem em sua direção.

Não tente entender, simplesmente sinta - Os sentimentos, os sentidos, as sensações - Just feelling.

16 agosto, 2006

Mais um pra contar...porém nem sempre igual ao terminar

Hoje, o dia amanheceu novamente, descendo uma rua deserta, vendo o Sol nascer longe entre morros e casas, imaginando como seria paralisar aquele fenõmeno atraves de uma "pic".

Mas eu continuei inerte... A cada passo que eu dava permanecia de cabeça baixa, com meus longos cabelos na face conforme o vento vinha em direção a eles, me deparei com rostos eloquentes ou talvez inconsequentes.
Passei o dia ouvindo o som dos teclados sendo acionados, e com cliques, uma janela virtual aberta.
Carros entre buzinas alucinadas lançavam seu teor destrutivo naquela avenida que mais parece um inferno.
Quando olhei pro relógio, sim aquele que eu aboli à 3 meses, o Sol já havia se posto.
E o caminho de volta foi o mesmo.
Ao sentir-me acolhida em meu recinto, continuava com tal angústia.
Tentando me convencer de que eu sou e estou completamente errada.

Algo mudou nessa noite...

11 agosto, 2006

Status: OFF em inércia


Alone...
Always searching something... but the somenthing, it does't want to be found.

09 agosto, 2006

Vulnerável

É assim que eu me sinto...
Cada vez que eu "baixo a guarda" das minhas fortalezas racionais, deixando em evidências todas as minhas confianças depositadas.
Cada vez que eu acredito que tudo pode mudar; que tudo pode ser diferente; que a esperança bate e vai embora subitamente, transformando todas as formas mutantes; deixando meus sentimentos e espontaneidade nus.
Por mais que insisto em não entender tudo à minha volta, tudo que faz provar minha existência, e em sempre acreditar e querer SENTIR toda a presença de cada forma que me vem à tona; sem a minha ordem, sem a minha permissão de entrar por esta porta; cada sensação, um fragmento, que dói, que persiste em ficar, e deixar-me cada vez mais... vulnerável.
NADA no presente é o maior culpado de tudo isso a não ser a minha dor e medo passado.
Eu me impulsiono, mas eu tenho medo. E a cada passo que eu dou em pró de melhoria, eu dou 3 passos pra trás por medo.
Continuo eu inerte, a espera?
Queria decifrar. Queria por alguns segundos ter a certeza.

04 julho, 2006

O começo...

Criação do Blog: Em algum dia do mês de Junho.
Coragem e tempo pra postar e expor (em partes) os fatos, pensamentos, ansias e idéias pertinentes em minha mente: Só agora, eis aqui o post.
O começo;
As histórias;
As filosofias e pensamentos;
A exposição...