12 janeiro, 2011

Espaço
Um ano novo chega, mais um post também, mas nem vou falar sobre sonhos e responsabilidades que se escondem por detrás das cortinas, mas de descanso, um pouco de medo e também felicidade que passaram por aqui nesses dias de formalidades, de festas e de férias.

Um lugar que permite ver o céu de ponta a ponta, sem verticalidade urbana e a possibilidade ali, diante dos olhos, a contemplar um céu multicolorido após as 19hs. Porque lá nunca é tarde, é atemporal onde os ponteiros mais parecem arrastar arados com o gado.

Lá fora, um mato que gruda nas calças mas que no fim do dia você nem se importa. Uma terra morena que floresce qualquer caroço esquecido por pássaros. Coisa besta assim de turista com olhar de criança em ver animais que não estejam por detrás de jaulas, assim soltos, assim livres.
A provar frutas do cerrado colhidas com as próprias mãos com medo ao lembrar de quando criança, a mãe não deixava colocar qualquer coisa assim na boca. Crianças assim criadas nos corredores de supermercados e sabonetes e lavabos.

Só se é livre quem faz da mente quadrada de um paulistano que só sabe pisar no asfalto fervilhando um contemplar mais apurado. Pois existem outras belezas além da janela do 21° andar.

Religião
Como sempre cita uma amiga minha "...Cicatrizes nos lembram aonde estivemos, mas não determinam para onde vamos..."
E fez-se um rasgo no meu peito.
Nunca é cedo pra levar tapa na cara mas nunca é tarde pra voltar pra casa com as malas maiores. Livre-arbítrio certo?

Parafina, whisky, senhora dos pássaros com dedos-longos-de-moça, "portão de ferro e cadeado de madeira...".

Agora eu me tranquei. E só sei que ainda existem pessoas boas. E quem eu amo foi criado por elas.