29 dezembro, 2006

Uma sexta feira como outra qualquer (ou quase)

Teoricamente eu não deveria levantar... E em meu estado "off" á encarar mais um dia do fim de ano.
Hoje o maldito acordou tímido, para minha sorte... Afinal odeio o calor que ele traz consigo. Principalmente no horário do meu almoço, que por sinal abomino, mas é a única hora que sacio uma necessidade... E lá está ele, no ápice de sua temperatura.
Chego em meu destino pronta pra não ouvir baboseiras e realizar minhas funções que nem uma máquina, como quando o operário aperta um botão e ela apenas faz seus trabalhos.
Não tô com muita paciência pra contestar algo com alguém que vem de fora pra encher.
Não tô com muito saco pra atender aquele aparelho branco irritante, e ter que ouvir alguém que não queira falar comigo do outro lado, mais irritante ainda.
Não tô com paciência com risinhos ou papos de fim de ano, e aquele sorriso falso estampado no rosto, em um lugar que já me vejo com um pé fora.
Não vejo a hora de descansar... É só isso que preciso.

Estava até que bem animada fazendo um check list para o fim de semana, mesmo com algumas pessoas dificultando com assuntos irrelevantes.
Depois de algumas horas, e tentativas frustrantes para procurar e dividir itens, calcular os custos e a média de consumo, definitivamente broxei

Ah claro, no fim da tarde ainda terei que estampar a falsa satisfação de me despedir e "desejar" algo inverso, quando na verdade gostaria de sair na espreita, já que ninguém iria sentir minha ausência. Ah não ser que eles tenham que pedir pra fazer listinhas, e aquela rotineira chata e estorvante da parte administrativa em andamento, claro.

Enfim, e a noite acabei marcando algo pra poder colocar pingos nos "is" e aliviar essa minha check list. E que esse meu humor formidavel não acabe ou altere mais ainda em uma pessoa que não tem nada a ver, e em outra na qual eu gostaria de desconsiderar uma indagação dita nesta tarde, mas persiste em me emputecer.

Veremos... Já são 17:10... faltam 35min
Aquela sensação de dançar no corredor e correr até o elevador é magnifica... Melhor ainda, é sentir o vento conforme o trem se aproxima da plataforma e suas bifurcações.

O que fica?

Lendo um texto, talvez, não em mesmo sentido para tal interpretação, na qual ele quis transpôr, mas me toquei de algo incrivel. Pessoas que em algum dia foram importantes, vão em vida de nossas vidas, porém algumas registradas como feridas.
Porque insistimos com dor? Se o que vale hoje é a felicidade de estar conosco os mais intensos, vivos e valorosos seres. Se o que vale é o que fica, e não o que vai.
Uma coisa que pode-se levar em conta é de que não vale a pena sofrer, a que um dia o tratou com tal indiferença como se fosse só mais um pra contar.
E vendo o que foi essencial, poderia dar-lhe aquele conselho digno sofrido, limpo e entregue à você da forma mais sincera... "Saiba que solidão ora outra é necessário. Jamais supra suas próprias necessidades em alguém, na qual você mesmo deposita, sem mesmo o outro alguém saber que ele supriria aquilo que você esperou, o que não pôde fazer por si só"... Decepção poderia conclui-lo.

A tal indiferença não se mostrou relativa naquele instante, por mais que tentava disfarçar sua curiosidade pelo presente avistado. Talvez aquilo que guardei a tempos tenha voltado após sentir um gosto diferente, afinal, o ego do suposto causador não tenha mais importancia.

Outro dia disse à um amigo, "alguém sempre tem que estar por cima do outro". Como estar no topo de uma cadeia alimentar. Os de baixo sofrem constantes devorações e suas espécies somem ou transformam-se cada vez mais para a sobrevivência em meio a outros.
Alguns renunciam, outros se entregam.

Mas ainda acredito e finalizo, botando um ponto final, pois desde então ou talvez desde a penúltima vez, declaro, que o enterro.

07 dezembro, 2006

Demonstrações em visões

Fez-se rigida sua expressão enquanto tentava não demonstrar nenhum tipo de reação quanto a surpresa de ver sua imagem.
Direcionou sua cabeça ao nivel de seu queixo mesmo tentando não demonstrar nenhum tipo de expressão.
Fez-se como um cego, surdo e mudo, tentando ignorar ou com medo de algo que lhe incomodava.
Enquanto sua visão aparentemente feliz, dali se distanciava cada vez mais, o olhar fixou a isolada e exclusiva imagem reluzente.
Quanto tempo não se viam. Talvez um mês, talvês bem mais, talvez mais de um ano. Depende da forma que considera-se "ver", "olhar", "sentir" de forma diferente de todas as outras as vezes que foram em vão.
O que pensou? Ficou com medo?
Grande coisa, depois de tantas lágrimas...
Todas elas secaram-se
Todas elas já não mais se esvaem.