19 novembro, 2010

O dia acabou e fica aquele gosto amargo e uma sensação estranha. O (in)esperado na linha tênue entre felicidade e decepção.

20 junho, 2010

"Muitos confundem os métodos com as técnicas, sem perceber que os métodos servem para o pensar e o planejar e as técnicas servem para o fazer". - Rodolfo Fuentes. A técnica ou o domínio de um software ilude seus usuários, sem tornar os seus resultados produtos do design. Design é fundamentalmente respostas às indagações ou às necessidades da sociedade, e estas respostas só são verdadeiras quando desenvolvidas com métodos e desígnios e não baseados num toque mágico ou em súbita inspiração. Transformar uma idéia em design requer conhecimento e muito trabalho.

18 junho, 2010

Tomando um ar

Faz mais ou menos uns 3 meses que eu não faço um post real, assim, digno de tomar alguns minutinhos da minha atenção e me colocar a escrever. Isso se chama, projeto de conclusão de curso.
Desde que o ano começou e eu me afundei nos estudos, o tempo pra se dedicar a algum canto que posso chamar de meu foi bem curto.
Hoje, no meu oficial 1° dia de "férias" decidi falar um pouco sobre meus últimos meses, a visão e os preparativos para o próximo semestre.
A começar, como alguns sabem, o meu TGI (ViverCidade) tem como recorte "A Poética do Caos". Será uma análise da qualidade visual da cidade, o estado de ordem e desordem em que o sistema de uma metrópole, como São Paulo, se encontra e como os indíviduos que nele vivem, interagem e modificam a cada ação, cada energia gerada. Com base de tudo, isso é Entropia. As metrópoles cada vez mais, se encontram num estado agudo de entropia.
A nossa proposta é relatar esses constrastes com a linguagem fotográfica e interferir graficamente, proporcionando uma experiência visual tanto no livro, como no vídeo e no hot site, que serão as linhas produzidas.

Esse tempo de pesquisa foi uma experiência e tanto. A importância na leitura, no embasamento, nas justificativas que todo bom projeto de design deve(ria) ter.

Admito que confio muito no meu trabalho e na minha capacidade de coordenar um grupo com mais 3 integrantes. Por conta disso me sobrecarreguei.
Ter responsabilidade na mistura de, muitas vezes, subestimar a capacidade de outrém, eu realmente me sobrecarreguei. Mas ver as turmas do 8° semestre num lugar onde estaremos daqui uns meses, fez com que todos - inclusive eu - tomassem uma chocalhada pra acordar e despertar o espírito literário e criativo que vagava preguiçoso por dentro.

Enfim, a pré monografia foi entregue e as correções nessa última quinta-feira foi um alívio de que o projeto está bem direcionado, faltando um pouco mais de embasamento ali e normas aqui. Não foi exatamente o 10 que toda aluna metódica sonha, mas levando em consideração a exigência da minha orientadora e de que a metade da sala ficou de exame, creio que um 8 foi mais que um alívio.

Mas além de toda responsabilidade que carreguei nas noites em claro, com ansiedade e trabalho árduo, eu ainda tive minhas experiências no meu atual estágio.
Ah essa área! Ah o Design! Me traz mais e mais ânsia de boas ideias ao mesmo tempo que "buga" o cérebro com a cobrança de si e de outrém.

Enfim, queria muito viajar, mas o dever me chama por entre as ruas dessa cidade que eu tanto amo. E nada mais gratificante do que entrar no meu último semestre universitário com uma bagagem e um entusiasmo e tanto pra esse projeto que eu mal posso esperar pra começar, de fato.

01 maio, 2010

A maioria dos dias do ano são comuns. Eles começam e terminam, sem nenhuma memória durável nesse tempo.
A maioria dos dias não tem impacto no decorrer da vida.

1 de maio era uma quinta-feira.

16 abril, 2010

Estamos acostumados a só ver aquilo que é dinâmico, que se agita ante nossos olhos, que acontece. É disso que trata a foto jornalística. E quando nada, aparentemente, está acontecendo? O vento soprando nas ároves ou uma mulher que levanta a mão, com graça, como se fosse soltar um balão. Aí não se vê nada. Mas, de fato, está acontecendo. Essas cenas são delicadas demais ou grandiosas demais para ficarem impressas na retina habituada só ao que é passageiro. São cenas praticamente imperceptíveis a expressão num olhar, um jeito de andar ou uma luz particular incidindo sobre as montanhas.

Nelson Brissac, Paisagens Urbanas

02 abril, 2010

Fotografia #5


Praia dos sonhos [mar/2010]
S90+Lightroom+PSD CS4

16 março, 2010


Itanhaém-SP / 2010


Vontade de ir pra i, prainha
Vontade de ficar na minha
Onde o sol à tardinha se esconde
Onde a noite escura nem é
Onde o mar vem lavar o meu pé
Onde só não me sinto sozinha

02 março, 2010

TGI feelings

Último ano da faculdade é sinônimo de conhecimento, experiência, conclusão, noites em claro regadas à café, vida social nula, resultado do casamento com os integrantes do TGI - Trabalho de Graduação Interdisciplinar.

O tema do TGI pra turma do 7o/8o semestre 2010 de Design gráfico da FMU será:
ViverCidade
O que a cidade traz para nós e o que o design pode trazer para a cidade
Tema abrangente que só houve uma luz no fim do banho, digo, uma luz nas observações desta insana cidade que eu tanto amo, São Paulo, juntamente com o inicio de pesquisas sobre a entropia, o progresso, a destruição e comunicação para o recorte de tema: Poética do caos através da fotografia

As repetidas ações do ser humano no dia a dia, que faz a cidade gerar seu sistema é uma maneira energética de evolução, assim, ocasionando o caos dentro de seus meios. Mas o caos faz parte do equilibrio da humanidade.
Pelo excesso da informação existe a necessidade do homem de se desligar do mundo lá fora, quando na verdade o que está lá fora é o resultado do seu esforço.

O projeto se baseia em retratos da cidade de São Paulo. O que é, o que foi, e o que será afetado por esse meio energético da sua evolução e o equílibrio que gera do seu próprio caos, de maneira poética através do olhar fotográfico, fazendo com que o receptor, (re)conheça um pedaço da capital, que muitas passa despercebido pela correria, ou será irreconhecível pelas intervenções digitais.

É prematuro dizer sobre o produto final, pois só (só?) estamos à 8 meses da entrega. Mas muito provável que isso tudo possa resultar em peças gráficas expostas por uma curadoria ou um livro específico. Mas enfim, a idéia é esta, e a jornada começa agora...

27 janeiro, 2010

2

Eu aqui nessa virtualidade, me sinto subindo naqueles palcos iluminados por refletores com fios desencapados, dizendo "alô" e ziiim, a microfonia causando incômodo em quem quer que esteja presente, nessa platéia espreitada dessa nossa vida.
Queria recitar nesse palco um poema bonitinho, daqueles de tirar suspiro quando eu dissesse "fim", sem ser o fim na verdade.
Bem, o pouco da lucidez que me resta depois de um exausto dia de embaraços, eu só queria dizer uma coisa, ou melhor, eu só queria escrever uma coisa, o tempo é relativo. E ao lado dele, o tempo decola pra bem longe sem qualquer vestígio de passado. E quando longe estamos, é, ficamos a contar os dias, confundindo as estrelas e as fases da sra. Lua.
Um ano e meio, dez letras, ou diversos dias passados num calendário velho, que não são capazes de contar toda e qualquer história, essa nossa doce vivida história, que não dura apenas com olhares, com abraços e beijos à meia-noite, mas que também sustenta-se do silêncio, do beijo na fronte, que por alguma razão, significa respeito, acrescentado de paciência e dedicação.
Das mãos dadas debaixo de Sol e tempestade, dos risos e lágrimas através das linhas, sempre estarei nessa cidade, amando nesse coração.

21 janeiro, 2010

-Às vezes, sonho que estou caindo. Começo a correr bem rápido, como um super-humano. O chão começa a ficar rochoso, corro tão rápido que não toco mais o chão. Eu flutuo. É um sentimento incrível.
- Parece maravilhoso.
- Estou livre, salva. Então, eu percebo... que estou completamente sozinha. E então, eu acordo.

Enquanto ouvia, Tom percebeu que essas histórias não eram contadas sempre. Era preciso merecê-las. Ele sentia a parede caindo.
Se perguntava se alguém já havia chegado até aqui.

Por isso, as próximas cinco palavras mudaram tudo.

-Nunca contei isso para ninguém.
-Acho que não sou qualquer um.

500 days of Summer

07 janeiro, 2010

Mar branco ou brando

“Com o andar dos tempos mais as atividades da convivência e as trocas genéticas, acabámos por meter a consciência na cor do sangue e no sal das lágrimas, e, como se tanto fosse pouco, fizemos dos olhos uma espécie de espelhos virados para dentro, com o resultado, muitas vezes, de mostrarem eles sem reserva o que estávamos tratando de negar com a boca.”

Saramago - Ensaio sobre a cegueira