28 agosto, 2007

Desprendimentos

Tenho vivido sem lembrar de muitos detalhes, ora porque meu cerebro tem apagado motivos, lugares, palavras, lembranças, nomes, rostos, promessas, esperanças... um à um por estar morrendo a cada dia. Ora por si só, eu apago da minha mente todo sentido que tem-me feito mal ou quando ele simplesmente não me serve mais. Situações me fazem mudar.

Ou como diria Damien Rice:
"Pedras me ensinaram a voar

O amor me ensinou a mentir
A vida me ensinou a morrer
Assim, não é difícil cair
Quando você flutua como uma bala de canhão"

Como se renascesse a cada história triste, a cada queda e com isso consigo desprender-me de tudo aquilo que já não faz sentido.
"Jogo tudo" fora!
Explodo num instante em uma rígida, contida e contínua raiva... Depois levanto, renasço...Das cinzas um corpo se faz.
Já joguei as letras;
Já joguei as imagens;
Já joguei os cheiros;
Lancei de mim o pensamento, as mentiras e as culpas.
Lembraças já não me servem mais, sentimentos muito menos.
Despredimentos, hoje se faz.

27 agosto, 2007

Diagramas da vida em rabiscos,
nada mais parece ter definição.
Contradição dos sentidos,
buscando a perfeição.
Aquela que não existe,
ou talvez nunca existiu.
Ficamos cegos esperando,
acreditando no que esvaiu

Nada mais é certo!

Um dia eles são assim. Já não são mais os mesmos amanhã.

24 agosto, 2007

Acabei de assistir ao filme A walk to remember. A principio parecia um filme trivial, de romance adolescente e bobo, mas me surpreendeu. Ele conseguiu retratar boa parte dos passos que tento dar em minha vida sobre a questão de não parar pra pensar no amanhã, mas sentir o verdadeiro sabor das sensações. Viver um momento, ser feliz no presente, aguçar os sentidos, planejar as coisas mais loucas e tentar cumpri-las de forma natural. Esquecer que o nosso próprio corpo pode ser uma "arma"'; acreditar em mudanças repentinas. Quanto à parte do amor, só comentaria a respeito se tivesse uma definição. Como até então perdi todas as lacunas, eu pulo esta parte.
Ok! Já chorei demais com esse filme e já cheguei a acreditar que isso existe. Chega de blábláblá e crise de mulherzisse por hoje rs

18 agosto, 2007

Glory Box - Portishead

I'm so tired of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play

For I've been a tempteress too long

Yes
Give me a reason to love you
Give me a reason to be... a woman
I just wanna be a woman

From this time unchained
We're all looking at a different picture
Through this new frame of mind
A thousand flowers could bloom
Move over and give us some room, yeah

Give me a reason to love you
Give me a reason to be... a woman
I just wanna be a woman

So don't you stop being a man
Just take a little look from outside when you can
Sow a little tenderness
No matter if you cry

Give me a reason to love you
Give me a reason to be... a woman
I just wanna be a woman
It's all I wanna be, it's all, a woman

For this is the beginning of forever and ever

It's time to move over
So I wanna be

I'm so tired of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play

For I've been a tempteress too long...

Glory Box - Portishead

[Talvez as palavras não saiam agora pra tentar descrever as sensações ou as horas passadas. Eu sei que em sua cabeça há uma ponta de curiosidade sobre algum texto, com palavras delicadas transcrevendo de forma alinhada todas as batidas e respirações... quem sabe eu consiga transpôr uma ponta em palavras, porém não conseguiria descrever exatamente todos as explosões e a mescla de sensações que tens me proporcionado... mas não poderia deixar de registrar aqui... só nós sabemos a quanto essa música vai ficar representada e comprovada a tal "teoria"]

14 agosto, 2007

O mundo dá voltas

Antes hilário do que trágico, mas assim como o dia nasce, o mundo gira e em torno disso sabemos que uma ação feita agora, ela retornará desforme depois de um tempo. É quase uma lei humana, na qual podemos verter hoje o rosto em lágrimas de tristeza e amanhã em lágrimas de felicidade, ou talvez de uma prolongada e inesperada gargalhada sarcástica.
Não direi que meu comportamento vingativo tende a ser algo tão presente em minha vida como o ato de andar, mas sei esperar o momento certo pra ver de camarote o palco que a vida tende a me proporcionar, e deleito-me toda vez que tenho o privilégio de satisfazer a espera na espreita.
É assim que funciona, faça aqui, pague ali, e tenha o troco na mesma moeda.

10 agosto, 2007

Redigir

Aqui permanecem escritas dos sentidos, contando fatos omitidos, vozes ecoadas ou talvez lágrimas de histórias tristes. Com inspirações, eles são redigidos, um à um.
Muitos deles estavam preparados para serem publicados mas intermináveis pela falta de propósitos ou talvez ânimo pra findas conclusões.
Talvez eu não queira expressar este exato momento, mas eu prometi que escreveria mais sobre meu contentamento. Então aqui escrevo, neste instante, mesmo que ele possa ser dissolvido à algumas horas, apenas escrevo; Estou feliz.
Isso não quer dizer que eu deixe de ser impenetrável, e que os invernos deixem de existir nesta alma e neste coração, mas deixo aqui registrado, porque vale a pena um sorriso ao redigir este.
Talvez estes gelos derreterão. E nem quero paciência, só quero sentir as verdades nuas e cruas, doa a quem doer. Não quero máscaras e nem vestes, só quero, como neste instante, redigir um sentido inconstante, e sentir uma verdade num olhar, num sorriso estampado, mesmo que seja nesta tela representada pelas letras negras e frias.