27 janeiro, 2010

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Eu aqui nessa virtualidade, me sinto subindo naqueles palcos iluminados por refletores com fios desencapados, dizendo "alô" e ziiim, a microfonia causando incômodo em quem quer que esteja presente, nessa platéia espreitada dessa nossa vida.
Queria recitar nesse palco um poema bonitinho, daqueles de tirar suspiro quando eu dissesse "fim", sem ser o fim na verdade.
Bem, o pouco da lucidez que me resta depois de um exausto dia de embaraços, eu só queria dizer uma coisa, ou melhor, eu só queria escrever uma coisa, o tempo é relativo. E ao lado dele, o tempo decola pra bem longe sem qualquer vestígio de passado. E quando longe estamos, é, ficamos a contar os dias, confundindo as estrelas e as fases da sra. Lua.
Um ano e meio, dez letras, ou diversos dias passados num calendário velho, que não são capazes de contar toda e qualquer história, essa nossa doce vivida história, que não dura apenas com olhares, com abraços e beijos à meia-noite, mas que também sustenta-se do silêncio, do beijo na fronte, que por alguma razão, significa respeito, acrescentado de paciência e dedicação.
Das mãos dadas debaixo de Sol e tempestade, dos risos e lágrimas através das linhas, sempre estarei nessa cidade, amando nesse coração.

2 comentários:

Eu mesmo disse...

muito lindo o texto ^^
=****

Beatriz disse...

Não teria como te explicar o quanto eu entendo o que você está dizendo.