24 outubro, 2007

Olhando esta caixa de postagem, em busca de um sustento à esta necessidade de escrever e eliminar de meu interior todo os sentidos. Impossivel, é só sentindo que se entende...
Alternando entre fotografias, pensamentos e fatos ocorridos, enquanto ouço as músicas ambiente que marcaram estas lembranças.
Talvez este humor que se manteve tão aceso nos últimos dias esteja em fase de declinio temporário. Modificado por uma música, por uma lembrança, por um pensamento, por um toque e por fim, uma solidão.

Quando eu penso que estou partindo é quando eu mais me aproximo.
Odeio desmoronar minhas barreiras num piscar de olhos. Sempre com a mesma questão e o mesmo toque. Sempre volto atrás quando se trata disso.
Sei que odeio esse fato, e sei que não posso reclamar, mas não sei como me desamarrar. Porque no fundo será sempre assim.

Agora sinto a sensação de querer transitar por um instante numa névoa, num vácuo onde não encontrará nada mais que os olhos reconheçam. Nem que seja por alguns segundos, sentir aquele cheiro da umidade e uma friagem nos pulmões como se quisessem expandir até o extremo e explodir. Uma atmosfera entorpecente. Meus pés afundassem como num plano arenoso, molhado.
Isso é sentir-se viva?
Ou talvez basta saber que o coração ainda agita?