Às vezes, me pergunto se o mundo realmente está preparado para o design, quando me deparo com clientes que se dão por exigentes, quando na verdade não sabem o que realmente querem e temos que arrancar a essencia de seus pensamentos e necessidades, transpondo magicamente (ou metodicamente?) da forma mais clara, mais óbvia, mais clichê possível. E resta a dúvida, quando se trata de serviços matrimôniais, onde a tradição ainda perdura... Ousar ou não ousar; ter síndrome cartesiana na hora de dispor os elementos ou adequar ao espaço?
Um trabalho dificilmente será aprovado na primeira tentativa, mas acho que notificações em demasia do cliente, me faz perguntar ironicamente: "Estudar design pra que né? Contratar um profissional? Bobagem!".
Eles sempre querem fazer do jeito deles. Ok! Como dizem, cliente sempre vai ter a razão. Mas nem por isso devemos deixar de ter o pulso firme, argumentação, sempre. E é claro, ainda temos muito o que conquistar, inclusive a regulamentação no país.
Não digo que essa falta de informação, de interesse, de necessidade, de reconhecimento do brasileiro pelo design se dá pela palavra gringa ou pela pouca solidez em que a profissão se baseia hoje, mas pela banalização e desvalorização do próprio profissional. Falta feeling, ética e derivados no mercado galera. Design já!
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