Queria recitar nesse palco um poema bonitinho, daqueles de tirar suspiro quando eu dissesse "fim", sem ser o fim na verdade.
Bem, o pouco da lucidez que me resta depois de um exausto dia de embaraços, eu só queria dizer uma coisa, ou melhor, eu só queria escrever uma coisa, o tempo é relativo. E ao lado dele, o tempo decola pra bem longe sem qualquer vestígio de passado. E quando longe estamos, é, ficamos a contar os dias, confundindo as estrelas e as fases da sra. Lua.
Um ano e meio, dez letras, ou diversos dias passados num calendário velho, que não são capazes de contar toda e qualquer história, essa nossa doce vivida história, que não dura apenas com olhares, com abraços e beijos à meia-noite, mas que também sustenta-se do silêncio, do beijo na fronte, que por alguma razão, significa respeito, acrescentado de paciência e dedicação.
Das mãos dadas debaixo de Sol e tempestade, dos risos e lágrimas através das linhas, sempre estarei nessa cidade, amando nesse coração.
