12 junho, 2008

L'amour

A metrópole de São Paulo chega à cerca de 19 milhões de pessoas. Quem dirá a somatória das outras cidades e então de países.
Com tantos rostos e gostos, indo e vindo, se comportando como se fossem donos das ruas, acabam por tornar a cidade como um leque de infinitas possibilidades, entre casos e acasos.

Na busca eterna por um par, nos deparamos entre tantos corpos, entre tantas contradições que cometemos perante às relações, por cegueira e loucura, envolvimento e a dita paixão.
Na verdade, o grande mal da humanidade é acreditar que está tudo destinado, que será perfeito e eternamente gratificado.
Passamos a crer no mito do amor romântico, que seja capaz de nos amarrar melosamente, dramaticamente dependente. Essa fábula, que nos contam desde pequenos antes de embalarmos em sonhos, nos afunda nas profundezas da ilusão.

É nessas horas que devemos colocar em questão sobre o que é o amor?
A medida que nos experimentamos, os sabores, as cores e a pretensão de um valor mal visto, somos tomados pela realidade. Quando isso ocorre nos labirintos do que nos é imposto ou tomado; Ou nos isolamos somente pelas consequências de lembranças tristes, afim de que podemos nos manter longe de qualquer dor que fragmente mais ainda um coração flagelado. Ou nos rendemos e desmistificamos o amor, na sua concreta forma.

Ah o amor! Não apriosiona, não depende, e nem é constituido pela paixão.
O amor é verdadeiro na inocência, no desprendimento, no admirar em silêncio, no querer bem sem absolutamente nada em troca. Mas se houver troca que seja na medida exata que os braços humanos possam carregar, e que a força da alma possa proporcionar.
É a explosão de um vulcão sem se preocupar quando sua chama irá se extinguir.
É incompreensivel, é terno e as vezes secreto.
Há quem acredite nele pelo abismo que possa enfrentar; Há quem o trate como uma unidade minima; há quem não acredite, ou não queira acreditar.
Mas o amor, com sua capacidade de transformação, não existe melhor sensação do que saber que você tem um, seja lá como ele for.

E ainda que numa cidade com infinitas possibilidades...
ás vezes, não existe coisa melhor do que saber que você só tem uma.

Um comentário:

Anônimo disse...

e viva o amor \o/
como diria renato russo:
"é estar-se preso por vontade"
O amor não nos prende a alguem, mas faz com q queiramos nos prender ^^
=*****