Eu já sonhei que sonhava, quando na verdade, esquecia como era sonhar na realidade.
Todo mundo um dia já se viu nú na escadaria do colégio; correndo com angústia no peito e atraso nos pés ou tomando parte de socos, quando as mãos nem sequer tocavam o adversário.
Custa lembrar dos sonhos, quando estamos mais aqui, do que lá.
Interpretam os sonhos como uma experiência da imaginação do inconsciente ou presságios.
Na noite passada... "Eu estava num cemitério, daqueles monumentais; um menino com aproximadamente 3 anos, atendia por Rafael, pedia abraço, colo e me chamava de mãe. Um outro menino da mesma idade, também queria atenção, mas era como uma criança perdida entre aqueles corredores de estátuas. Eu tentava amparar ambos.
Depois o sonho passa para outro episódio onde crianças negras brincavam no meio de papelões e plásticos nas proximidades da faculdade. E eu andava incansavelmente em volta de muros brancos, grandes e descascados, dizendo: "eu estudo lá". E vinha rostos pouco conhecidos, sentados, desenhando debaixado de tendas".
Estranho, porém lembro de cada minuciosiosidade como se fosse realidade.
Segundo sites por aí, sonhar com:
Cemitério - Se o tempo estiver bom: alegria. Prosperidade. Saúde para as pessoas do sonho.
Criança - Simbolizam a pureza da alma, o desejo de ser um(a) protetor(a). Também pode representar pontos fracos na sua personalidade, como sentimentos de fragilidade e ingenuidade. Criança bonita e saudável: alegria, sucesso.
Lixo - Amizades estranhas.
Muro - Obstáculos no processo, aborrecimento ou desejo de se proteger.
Se a maior parte dos meus sonhos fossem representados audiovisualmente, seria assim:
Moodorama - Never mind
...sempre retrocedendo, sempre em slow, com cores contrastantes e imagens soluveis.
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9a.m. da quinta-feira, o telefone toca, e algumas coisas se encaixam.
26 fevereiro, 2009
17 fevereiro, 2009
Tipo: B+
Hemoglobina: 12
Hematocrito: 34
Eritrócitos 3,62
Plaquetas: 120.000 mm3
Leucócitos: 4.700 mm3
TTPA: 16,4 seg
Fibrinogênio: 90mg
Por quanto tempo o corpo aguenta com o sangue esvaindo até uma parada cardíaca? Minutos?
Dá tempo de repensar? Dá tempo de reverter? Até que ponto você intervirá? E se passar desse ponto? Quem intervirá por você?
Por quanto tempo sentado, você aguentaria ver seu sangue escorrer, com os pés no piso frio, e a poça vermelha aumentando em volta deles?
O que antecipa? A vista turva? A palpitação? As extremidades roxas? O coração forçado? Ou o desespero?
O que resta depois de tudo? Um choro? Um grito? A roupa manchada? O chão fedendo? Ou uma página virada?
Todo mundo cuida do corpo porque não terá onde viver. Principalmente quando se sabe que ele pode sabotar sua passagem a qualquer instante. Continuamos sustentando esse santuário, essa arma de desespero. Mas até que ponto isso depende de nós?
Eu costumo dizer que o ser humano se adapta à qualquer condição que lhe é imposta. Mas se perguntarem sobre cansaço... o estoque de argumentos e esperanças estão acabando.
15 fevereiro, 2009
Movies #2
Vale [muito] a pena ver de novo, e de novo:
Fatal
-É como não ser capaz de poder se colocar em uma posição confortável, porquê...
não importa pra que lado se vire, você está preso.
Estou presa dentro de mim.
Quando penso nas coisas que
acreditava ser importantes...
as brigas com minha mãe...
é estúpido!
Todo o tempo que perdi... dormindo.
Minha vida sem mim
-Quando você olha para uma pessoa pode ver 50% do que ela é, e querer saber o resto, é o que estraga tudo. ...
-Eu menti.. quando falei que, ao olhar para uma pessoa você conhece 50% dela. Creio que quando olho pra você, vejo... não sei, talvez 10%. E esses 10% são...
...
-Não são tão ruins são?
.
"Você nem sequer lamenta a vida que não vai ter..."
A vida secreta das palavras
-Sabe guardar um segredo?
-Sim.
-Tem certeza?
-Sim.
-Te direi, mas terá que se aproximar, falarei no seu ouvido. Aproxime-se para eu poder dizer. Mais perto.
-Sim.
-Não sei...
nadar.
.
-Como se convive com o passado?
-Com as consequências.
-Como se convive com os mortos?
-Não sei.
Tem que seguir em frente, suponho.
Coisas que nunca te disse
-Não nos damos conta quando estamos felizes, e isso também é injusto. Deveríamos poder viver a felicidade e poder guardá-la para quando ela faltasse...só um pouquinho, como se guarda cereal extra
na dispensa, como o papel higiênico do banheiro.
-Porque você precisa de extra?
-Você não? É feliz?
[...]
-Então, como é ouvir os problemas dos outros no meio da noite?
-Você quer mesmo saber?
-Sim.
-É melhor que ficar em casa e pensar sobre os meus problemas.
-Por isso faz isso?
-Não acho que você tenha ligado para falarmos de mim. Vejo que você parou de chorar.
-Você sabe o que é o amor?
-Não. Por quê?
...
.
"Há muitas coisas que eu gostaria de ter dito a ela.
As coisas que você sempre diz serem as mais importantes. Mas...não é sempre assim?"
Conversas em lavanderias, as (im)possibilidades de fazer/dizer algo, antes de qualquer interrupção (im)prevista; a maneira de explorar com delicadeza solidão, depressão, enfermidade, amores instantâneos, a sensibilidade das coisas que aparentam tão minimas, o que caracteriza e me encanta nos filmes de Isabel Coixet, uma das minhas favoritas, como um post-it escrito: "Você está vivo"
Fatal
-É como não ser capaz de poder se colocar em uma posição confortável, porquê...
não importa pra que lado se vire, você está preso.
Estou presa dentro de mim.
Quando penso nas coisas que
acreditava ser importantes...
as brigas com minha mãe...
é estúpido!
Todo o tempo que perdi... dormindo.
Minha vida sem mim
-Quando você olha para uma pessoa pode ver 50% do que ela é, e querer saber o resto, é o que estraga tudo. ...
-Eu menti.. quando falei que, ao olhar para uma pessoa você conhece 50% dela. Creio que quando olho pra você, vejo... não sei, talvez 10%. E esses 10% são...
...
-Não são tão ruins são?
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"Você nem sequer lamenta a vida que não vai ter..."
A vida secreta das palavras
-Sabe guardar um segredo?
-Sim.
-Tem certeza?
-Sim.
-Te direi, mas terá que se aproximar, falarei no seu ouvido. Aproxime-se para eu poder dizer. Mais perto.
-Sim.
-Não sei...
nadar.
.
-Como se convive com o passado?
-Com as consequências.
-Como se convive com os mortos?
-Não sei.
Tem que seguir em frente, suponho.
Coisas que nunca te disse
-Não nos damos conta quando estamos felizes, e isso também é injusto. Deveríamos poder viver a felicidade e poder guardá-la para quando ela faltasse...só um pouquinho, como se guarda cereal extra
na dispensa, como o papel higiênico do banheiro.
-Porque você precisa de extra?
-Você não? É feliz?
[...]
-Então, como é ouvir os problemas dos outros no meio da noite?
-Você quer mesmo saber?
-Sim.
-É melhor que ficar em casa e pensar sobre os meus problemas.
-Por isso faz isso?
-Não acho que você tenha ligado para falarmos de mim. Vejo que você parou de chorar.
-Você sabe o que é o amor?
-Não. Por quê?
...
.
"Há muitas coisas que eu gostaria de ter dito a ela.
As coisas que você sempre diz serem as mais importantes. Mas...não é sempre assim?"
Conversas em lavanderias, as (im)possibilidades de fazer/dizer algo, antes de qualquer interrupção (im)prevista; a maneira de explorar com delicadeza solidão, depressão, enfermidade, amores instantâneos, a sensibilidade das coisas que aparentam tão minimas, o que caracteriza e me encanta nos filmes de Isabel Coixet, uma das minhas favoritas, como um post-it escrito: "Você está vivo"
02 fevereiro, 2009
Design #7
5° semestre iniciando e eu estou de casa nova.
É difícil tomar alguns rumos sem olhar pra trás, sem um pouco da covardia que assola quando as malas foram desfeitas a mais de 2 anos; quando ainda não aprendeu a lição do desprendimento; quando havia projetado o futuro, mesmo que incerto, e de repente, tudo muda, os rostos, os caminhos, o tempo, o suor... Sem contar o medo do que está do outro lado da porta dessa nova casa. Mas a vida, acadêmica principalmente, é assim, com idas e vindas, aprendizados e lembranças que não foram em vão. Nada é em vão.
Eu não estou levando uma pequena caixa, mas uma bagagem, suficiente pra usar daqui pra frente, e reservando bolsos pra preenche-los logo mais.
É difícil tomar alguns rumos sem olhar pra trás, sem um pouco da covardia que assola quando as malas foram desfeitas a mais de 2 anos; quando ainda não aprendeu a lição do desprendimento; quando havia projetado o futuro, mesmo que incerto, e de repente, tudo muda, os rostos, os caminhos, o tempo, o suor... Sem contar o medo do que está do outro lado da porta dessa nova casa. Mas a vida, acadêmica principalmente, é assim, com idas e vindas, aprendizados e lembranças que não foram em vão. Nada é em vão.
Eu não estou levando uma pequena caixa, mas uma bagagem, suficiente pra usar daqui pra frente, e reservando bolsos pra preenche-los logo mais.
01 fevereiro, 2009
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