17 fevereiro, 2009


Tipo: B+
Hemoglobina: 12
Hematocrito: 34
Eritrócitos 3,62
Plaquetas: 120.000 mm3
Leucócitos: 4.700 mm3
TTPA: 16,4 seg
Fibrinogênio: 90mg

Por quanto tempo o corpo aguenta com o sangue esvaindo até uma parada cardíaca? Minutos?
Dá tempo de repensar? Dá tempo de reverter? Até que ponto você intervirá? E se passar desse ponto? Quem intervirá por você?
Por quanto tempo sentado, você aguentaria ver seu sangue escorrer, com os pés no piso frio, e a poça vermelha aumentando em volta deles?
O que antecipa? A vista turva? A palpitação? As extremidades roxas? O coração forçado? Ou o desespero?
O que resta depois de tudo? Um choro? Um grito? A roupa manchada? O chão fedendo? Ou uma página virada?

Todo mundo cuida do corpo porque não terá onde viver. Principalmente quando se sabe que ele pode sabotar sua passagem a qualquer instante. Continuamos sustentando esse santuário, essa arma de desespero. Mas até que ponto isso depende de nós?

Eu costumo dizer que o ser humano se adapta à qualquer condição que lhe é imposta. Mas se perguntarem sobre cansaço... o estoque de argumentos e esperanças estão acabando.

Nenhum comentário: