29 dezembro, 2009

Movies #4

Um pouco de Woody Allen e algumas surpresas pra fechar a movie list do ano:


Vicky Cristina Barcelona


Tudo pode dar certo


500 dias com ela


Na natureza selvagem

27 dezembro, 2009

26 novembro, 2009

Tempo

Existe o tempo livre e o tempo que já não existe, e eu fico com aquele que desconheço. Olho pro relógio e já não reconheço se é noite, se é dia.
Esse mundo, muitas vezes, é a única ponte que me leva até outros mundos, no meu limite de tempo, de memórias, de buscas e de cansaço.
O texto do Fabio Kato resumiu bem o que eu gostaria de falar aqui, sobre essa necessidade, essa busca de realidade, que na maior parte das vezes só nos damos conta quando ganhamos de um lado e perdemos em quase todos outros.

The Lake - Antony And The Johnsons


Pra formar aquela bolha de melancolia ao redor, num quarto escuro, trancado.

20 novembro, 2009

Existindo


Os melhores presentes são aqueles entregues com o coração, com a alma, com intuito de carregarmos neles a lembrança eterna do carinho, do amor, sejam eles em matéria ou em desejos, em palavras proferidas, nos atos, na melhor hora da noite, do dia.
A passagem aqui só vale a pena assim, rodeada de eternas lembranças, que muitas vezes só se eternizam quando são escritas, mas ainda assim, sempre lembranças.

Moleskine - ou livro vermelho.
Um livro por May&Mathias
E acho que nem precisamos de mais 998 Tsurus pra dar sorte.

13 novembro, 2009

Lavou, tá novo!



Exercício acadêmico - Técnica de guache lavado
Mais fácil, mais barato e mais divertido que xilogravura.

29 outubro, 2009

Declaração de amor ao Design

"Design é soma, nunca subtração. O estudo é fundamental. Agregar conhecimento nunca é demais, venha ele de onde vier: seja do matuto da cidadezinha do interior que faz banquinhos toscos de três pés ou do acadêmico doutorado no exterior.
Professores não são 'pontes' nem 'facilitadores'. Antes, eles são gente. Alguns com muita experiência profissional e de vida. O tal matuto também é gente. Tão importante para nossa formação quanto o acadêmico, ele é provedor de conhecimento prático, da lida diária e da filosofia aparentemente barata mas igualmente necessária. Óbvio: há acadêmicos e matutos medíocres. Cabe a nós separá-los segundo nossa sensibilidade e critérios próprios.
Diferentemente dos nossos computadores, os 'HDs' da humana raça funcionam melhor à medida em que vão ficando mais cheios de informações e referências. Assim, é nosso dever abrir os olhos para tudo e para todos. Abraçamos uma profissão maravilhosa, que nos permite extrair de tudo (tudo mesmo) um pouco de néctar para nosso pleno desenvolvimento.
Não acredito em dom. Aquilo que as pessoas chamam de 'dom', prefiro chamar de acúmulo de experiências, sejam elas de vida, sensoriais ou profissionais. O fundamental é erguer as antenas e não ter preconceito de captar o novo e o velho com a mesma paixão. Ouvir Bach com o mesmo interesse que a gente ouve música eletrônica contemporânea. Não fechar os olhos para Basquiat só porque a gente gosta de Rembrandt. Ler Cony, Rui Barbosa ou Kundera com a mesma curiosidade infantil. Estudar psicologia, filosofia, línguas, desenho, economia, administração... Abastecer nosso 'arquivo' com o maior número de referências possível. Ter uma visão holística da profissão, não limitando nossa atuação àquela meia dúzia de conceitos pré estabelecidos que um dia nos ensinaram a ver como certos e absolutos.
Mais do que um computador, nosso cérebro se assemelha a um enorme jardim em constante crescimento. Sua arquitetura é a da evolução e da soma. Soma de cores e formas que geram outras cores e formas num movimento perpétuo de pleno desenvolvimento. Crie sempre ambientes que estimulem a criatividade. Freqüente lugares com o faro aguçado e a curiosidade crítica sempre alerta. Olhe com outros olhos. Fareje oportunidades e ângulos novos para seu repertório estético. Faça com que seu universo trabalhe a seu favor, alimentando você constantemente.
Diplomas e certificados? Acumule o mais que puder, mas não os colecione. Colecione, sim, o conhecimento que esses papéis apenas representam. Isso é para sempre! Dê igual importância aos bancos da universidade e aos bancos da praça. Até dá para ser um profissional completo sem os dois, mas o caminho não tem a mesma beleza e a paisagem perde um pouco do viço.
Design é arte? Não! Design é soma. Soma disso tudo que a gente já falou. É arte, ciência, religião, filosofia, psicologia... É conteúdo! É conhecimento na concepção mais sublime da palavra! Design é algo muito grande para ser enquadrado numa definição. É igualmente grandioso para ser colocado à margem de qualquer atividade (pois ele pode estar inserido nessa atividade!)Por fim, questione sempre. Faça intervenções imaginárias no trabalho alheio. Modifique e crie conceitos e linguagens. Faça com que a palavra 'design' ganhe um novo significado para você e para sua vida.
Não deixe que as pessoas tóxicas te contaminem com negativismo acerca da profissão. Como toda atividade, a nossa tem altos e baixos, mas ela é responsável muito mais pelos prazeres do que pelos reveses. Invista nessa nova forma de ver as coisas. O investimento voltará para você multiplicado e revigorado. Lembre-se: o mundo nos oferece uma volta completa todos os dias, com direito às cores, às sensações, às novas experiências, vivências e ainda nos permite levar junto as pessoas que quisermos".

Texto: Morandini
http://blog.morandini.com.br/

14 outubro, 2009

O cansaço vem, com o corpo querendo assim, despedaçar.
E a cabeça que não desliga, assim, com todas as coisas que ainda se julga, se sonha, se dói.
E o coração, preso à cabeça, ao corpo, sem saber se deve ficar.

A vista é mais turva do lado de fora. E os problemas também.

17 setembro, 2009

Fotografia #4

Um pedaço de papel, que guarda um pedaço de vida.


E eu acrescentaria que ela é o despertar das lembranças, pois um dia foi dormencia, um dia foi inocencia, envolvidas em braços, choros e risos.

15 setembro, 2009

10 setembro, 2009

Dialogando #4 [ou lembranças]

-Você se lembra da primeira coisa que eu disse pra você naquela noite? Não sei como, mas eu lembro e eu já nem estava muito bem
-Que meus cabelos eram bonitos com aquelas mechas vermelhas?
-Um pouco antes disso.
-Não lembro.
-Eu apontei pra vc e disse: "Maaaayyyyy....iumi?
-Hahaha sim!
-E você fez uma cara tipo, "ah coitado do chapadinho".

19 agosto, 2009

O fim é só o começo

Cada dia que o fim da vida acadêmica se aproxima, mais vejo o início de um ano sem fim, e como se não bastasse, tenho disciplinas adaptáveis acumuladas pra dar e vender. Aí me dizem, " Você ainda tem 1 ano e meio pra tudo isso", e eu respondo: "Só?"
Pra quê vida né?
E eu, que sempre me considerei uma pessoa com baixo-nível de uma atual raridade - e invejo quem tem - a paciência, descobri que, com o MEU trabalho e MINHAS tarefas, ela é algo que impera, quase atingindo ao Nirvana quando praticada. O problema não são as coisas na qual fazemos com paixão e determinação, mas as pessoas envolvidas.
Mas, agora, com o pé direito numa produtora, mais e mais tenho obtido uma postura madura e profissional quanto a certos problemas. E atritos acadêmicos, acabam se tornando miséria e medíocridade perto do abismo real.

Ultimamente tenho tido mais a ânsia, a dúvida, em qual segmento me aprofundar nos próximos passos... Fotografia? Cair de cabeça em motion com After Effects? Ou Web? Ó vida! Porque estou numa área tão fascinante e tão cheia de caminhos? Sei que, quanto mais eu sei das ferramentas gráficas, mais tenho o que aprender. Aí vem os meios digitais e as maravilhas tecnológicas pra aguçar ainda mais a minha sede de conhecimento e a vontade de integra-los. Claro, não adianta também querer ser expert em todos os segmentos que o Design oferece, mas é sempre bom saber que existem caminhos. E ser estudante é só o começo.

10 agosto, 2009

Copo cheio

Existem coisas que não se pode reverter, não se pode limpar. Quando há muito o que engolir, num piscar de olhos o copo transborda. E já é tarde demais pra impedi-lo que manche a toalha branca.

27 julho, 2009

Não ensaiei absolutamente nada, tampouco preparei um discurso. O pouco que o teclar ainda permite numa hora dessas é o breve registro de agradecimento, pela felicidade à mim concedida nesse tempo que passou, nessas lágrimas enxugadas, nesses braços que aninham qualquer pássaro sem canto, nesse sorriso sem hora pra chegar, sem hora pra parar, nessa doçura de criança, nesses olhares que dizem tudo, sem que a boca seja aberta, mas que cerram juntos no final de tudo.
Compartilhar qualquer coisa que seja, até mesmo uma bobagem, é o melhor tempo gasto, pra guardar no peito e continuar aqui, aguardando o momento de estarmos a sós, de novo, sempre, onde nada mais atinge o peito, que está preenchido, completo.
E a vida, só renasce assim.

25 julho, 2009

Design já!

Às vezes, me pergunto se o mundo realmente está preparado para o design, quando me deparo com clientes que se dão por exigentes, quando na verdade não sabem o que realmente querem e temos que arrancar a essencia de seus pensamentos e necessidades, transpondo magicamente (ou metodicamente?) da forma mais clara, mais óbvia, mais clichê possível. E resta a dúvida, quando se trata de serviços matrimôniais, onde a tradição ainda perdura... Ousar ou não ousar; ter síndrome cartesiana na hora de dispor os elementos ou adequar ao espaço?
Um trabalho dificilmente será aprovado na primeira tentativa, mas acho que notificações em demasia do cliente, me faz perguntar ironicamente: "Estudar design pra que né? Contratar um profissional? Bobagem!".
Eles sempre querem fazer do jeito deles. Ok! Como dizem, cliente sempre vai ter a razão. Mas nem por isso devemos deixar de ter o pulso firme, argumentação, sempre. E é claro, ainda temos muito o que conquistar, inclusive a regulamentação no país.
Não digo que essa falta de informação, de interesse, de necessidade, de reconhecimento do brasileiro pelo design se dá pela palavra gringa ou pela pouca solidez em que a profissão se baseia hoje, mas pela banalização e desvalorização do próprio profissional. Falta feeling, ética e derivados no mercado galera. Design já!

23 julho, 2009

Uma incógnita de nome Terapia

Eu já fui secretária particular de uma psicanalista aposentada, e sempre depois de agendar uma sessão com sua terapeuta familiar, ela dizia: "Santo de casa não faz milagres", isso soou durante anos como incapacidade de resolver seus próprios, assim dizer, problemas, ainda mais quando se tratava de uma profissional, já digna de seus méritos encostados na parede.

Creio que após carregar tantos fardos na vida, e depois de 9 anos após um dos períodos mais conturbados, cogitei a possibilidade. Estou protelando enfrentar, o que muitas vezes, pode parecer algo tão óbvio, mas que no fundo tem seu fim no poço escuro. Aí a dúvida, dá aquele amargo na boca, aquele medo de não conseguir pronunciar sequer uma palavra, quanto mais algo tão secretamente guardado, que é a causa mais evidente.

17 julho, 2009

Tá parado isso aqui né? Eu sei. Desculpem pelo abandono, mas é o tempo, é a presença, é o cansaço, que fazem desse canto um pouco esquecido, que tornam as coisas belas mais palpáveis do que escritas. Mas eu volto, ou melhor, eu sempre fico.

01 julho, 2009

1,2,3

...um passo [ou 4 gatos?] por vez.

Confesso que estava descrente e já até pensei em desistir, quando resolvi dar um passo por vez. Mudei de traços, de Universidade, recorri à diversos recursos que complementassem o conhecimento obtido no meio acadêmico, mas quando mudei o pensamento e voltei a exercitar a minha capacidade e auto confiança, tudo começou a melhorar.
Os sonhos geralmente estão acima do céu, mas quando decidi que um passo valeria mais que degraus duplos, previni o tombo, aprendi que paciência vem com a auto confiança. Hoje, um novo passo, um estágio na qual de conhecimento e amadurecer, ninguém tira.

Uma vez me disseram que a imaginação valia mais do que conhecimento, é bem verdade que ela é essêncial pra nos lançar à lugares, a princípio, inacessiveis, mas sem esforço, de nada vale.

À todos,
1% de inspiração e 99% de transpiração

Um dia eu chego lá...

...e neste caso, eu ainda sou só um macaquinho .

27 junho, 2009

Grow up

Por incrivel que pareça o mundo virtual hoje é o único que acaba por trazer à tona a realidade das coisas; notícias daqueles que dividiram os brinquedos na infância, o lanche no recreio, os livros no ginásio, as músicas no fone de ouvido, o ônibus engarrafado, as conversas nas madrugadas. Notícias daqueles que hoje se tornam cada vez mais intangíveis.
Meus amigos estão graduando, casando, procriando (não necessariamente nesta ordem). E a cada dia que passa mais me convenço de que a mudança de comportamento se dá mais rápida do que a mudança da pele.
Cobramos o que muitas vezes não podemos oferecer, e todos aqueles saltos que davamos sem pensar, foram tragados pelo tempo, que se torna cada vez menor, junto com as prioridades.
O tic-tac não está mais disposto, e levou embora o que um dia existiu, e hoje, não passam de retratos, de relatos, de conversas jogadas fora, de promessas não cumpridas, do fôlego tomado conta do pulmão por tudo que deixou de ser. E que alguns - eu disse alguns - espaços que concedemos e que nos foram concedidos, um dia serão substítuidos.

Lembranças absurdamente impregnadas como perfume barato e música indesejada. Lembranças que a cabeça esquece sem querer, querendo, como cartas e encontros flamejados à fósforo, queimando os dedos antes de virar pó.

Hoje me calo com a felicidade sentada ao lado, pois eu tenho dificuldade de falar da sua presença. Porque não se divide o pão em 3 fatias. Ou é apenas não querer quebrar o coração de outrém?

Enfim, tudo chega ao fim. Ou melhor, a gente cresce, esquece e (des)aparece.

19 junho, 2009

Design #8 (ou tietagem)

"Para maioria das pessoas, design significa aparência. Mas para mim, nada poderia ser tão profundo quanto design. Design é a essência do homem enquanto criação."

"As pessoas não sabem o que querem até você mostrar a elas."
tio Steve Jobs - Apple

Muitos já viram esse vídeo, mas vale a pena colocar aqui:






Realmente, existe vida antes e depois da Apple.

16 junho, 2009

"Peeking is stealing the life you don't share
There's a map of a memory, of us over there
Dangerous questions are near"

Parade - Rachael Yamagata

03 junho, 2009

Ao pequeno M.


Quem diria, que anos depois, esse bebê teria barba e bigode de dar inveja em filósofos gregos e psicanalistas ingleses! Hahaha

É díficil transpôr o que carregamos no peito, tudo aquilo que desejamos à alguém que já faz parte das razões de valer o amanhecer. Então fica aqui só um pedacinho de lembrança, de desejo... que seu dia seja tão doce quanto seu sorriso, quanto essa criança que ainda vive em você. O resto, a vida ensina, mas o mundo, precisa de pessoas como você.

Feliz aniversário!
Com amor,

May

30 maio, 2009

Quando a gente se cobra demais

...dá dor de cabeça; sai de onde estiver com total insignificancia, decepcionado; na volta pra casa, pensa nas possibilidades impensadas; nos caminhos que nos foram mostrados, mas que não houve tempo, não houve processo pra executa-los de maneira adequada. Eu sei, isso nem é desculpa, mas eu que me cobro demais, eu que me encontro numa determinada condição, tenho um certo problema com mediocridade, com meio-termo, com trabalhos mal feitos, porque o que é pra ser feito, que seja bem feito, da melhor maneira possível.

E eu já nem sei o que tem valor hoje.

16 maio, 2009

Esperança é foda né!?

Só aparece quando bem entende.
Há tempos, não recebia sua visita, e sem querer, hospedou-se por aqui durante a semana, e sabe-se lá se seu passaporte tem validade.

15 maio, 2009

Dialogando #3 [Ou papo furado no gmail]

-Eu perdi muita coisa desse email... Vc's estão combinando oq ?
um kart / boliche ou pra sair no sábado?

-Sábado = pizza, é certeza, e VOCÊ VAI! ;P
Kart e/ou boliche, é pra uma próxima. A não ser que vc queira dirigir kart comendo pizza, com uma bola de boliche no colo e os pinos no rabo!

08 maio, 2009

Cheiro de casa

O quarto passa a ser sempre o único lugar que nos mantém ímpar de qualquer coisa externa que atinja o peito, ou que nos lança em corredores de circunstâncias e portas de escolhas, mas nem sempre o quarto tem cheiro de casa.
O quarto é o que nos equilibra sobre a tênue linha entre a razão e os sonhos, mas as vezes queremos que ambos estejam presentes nesse quarto, tecendo as cortinas que permitem entrar um ar menos imundo.
Nesse mundo, haverá sempre dois mundos, ou melhor, haverá sempre quartos com portas, abrindo e fechando, misturando o ar dos sonhos com a realidade.
E nos bons momentos existe sempre um cheiro característico de algum cômodo. Mas é nos ombros que se sente o cheiro de casa; quando o atormento bate à porta e sorrateiramente adentra pelos vãos das barreiras, misturados às particulas de pó, furtando a inôcencia e lubrificando os olhos com as mais limpidas lágrimas.
O cheiro de lar sobre o ombro de quem ama é onde se encontra o fôlego pra esse ar rarefeito, nos tornando menos imperfeitos, diminutos, fatigados com esse mundo, prontos pra fechar portas e abrir janelas.

07 maio, 2009

Dialogando #2

-Vamos lá amanhã!?
-Não posso, vou discutir a relação com uma garota. Terminamos já, mas precisamos trocar nossos pertences.
-Nem sabia que tinha começado.
-Pois é...
-Não sei o que é pior, ir até lá ou voltar de lá. Mas eu evitaria toda essa fadiga, modernidade serve pra isso... Sei lá, Fedex, fede menos.

Dialogando #1

-Você não sabe como é meu queixo!
-Claro que eu sei! Te conheci só com um bigodinho safado!

-Não sabe não! E se eu morrer e só sobrar meu queixo? Você não vai reconhece-lo!

-Huahauahaua Então tira a barba!

-Não! ¬¬

[Agora eu já posso reconhece-lo]

06 maio, 2009

Protagonistas de uma novela virtual

A necessidade e a ociosidade acaba por nos lançar no universo virtual, onde qualquer indivíduo que tenha acesso, se torne espectador de uma parcela do nosso cotidiano, sentimentos, imagens e informações. Isso acabou se tornando tão habitual quanto escovar os dentes e calçar os sapatos. É claro, que muitas pessoas ainda não são tão adeptas ou estejam à vontade, com qualquer tipo de exposição virtual. E há também quem ultrapasse os limites do bom senso e da privacidade. Mas hoje, o acesso e a integração nesse meio, nos torna cada vez mais protagonistas e espectadores dessa novela virtual.

Eu sempre tive essa afinidade em comunicar, expressar. Blogueira a mais de 3 anos, hoje também estudante de Design, gero e trato a informação de forma adequada, com soluções estéticas e inteligentes, não poderia ficar de fora desse universo que abre muitas portas.
A cada dia que passa, mais e mais novidades estreitam os laços (ou seriam os cabos?) dessa rede sem limites.

Orkut, Blogger, Fotolog, Flickr, Picasa, Youtube, Deviantart, Linkedin, Lastfm e agora no Wordpress - expondo alguns trabalhos acadêmicos - e no Twitter, além de ser colaboradora do Informe Design - Blog de DG - 5° semestre, da FMU junto com Carlos Santana e Victor Campos.

Enjoy!

Review - Show do Richie Kotzen


[01.05.09] - Manifesto

Todo pós-show, eu tento fazer porcamente um review, mas é apenas pra registrar, porque essa não é umas das minhas especialidades.

[30-04] -22hs - Cheguei e avistei um aglomerado de pessoas na porta do Manifesto e dele uma fila virava a esquina e se estendia pela calçada. Por sorte encontramos a Bia - companheiras e guerreiras, sempre seremos quando o assunto é show do Kotzen em SP. E por azar encontramos um ser Abissal que falava mais com as mãos do que com a boca.

Eu não olhava pro relógio por tantas vezes, talvez abrisse o celular, mas não via de fato quantas horas se passaram, porque a ansiedade batia muito mais dentro do que fora, mas sei que demorou muito pra casa abrir e colocar todo aquele povo pra dentro, listando nome por nome.

Banda de abertura, Madgator, que agradou quem esperava pelo show, desagradou quem não sabia do tira gosto, aumentando a espera e o cansaço nas pernas.

Na apresentação alertaram para que desligassemos os flashes, pois o Kotzen estava sensível à luz - o que levantou algumas questões discutidas lá fora.
Quase 2hs da matina Richie Kotzen entrou no palco do Manifesto e é claro que ninguem levou em consideração o alerta, e flashes iluminavam o palco e a platéia, entre pulos e gritos durante "You can't save me" seguida de "Misundestood".
O inicio do show foi um tanto estranho, pois sua voz parecia cansada e baixa, a qualidade do som alterada, ouvindo mais o público do que os acordes.

Seguindo assim por:

"What is"
"High"
"Fooled again"
"Faith"
"So cold"
"Doing what the devil says to do"
"Bad things"
"Everything good"
"Remember"
"I'm losin you", dando uma pequena pausa e gerando dúvidas se eles voltariam ou não para o palco.
Pela estreita escada à direita do palco, ele desce e prossegue, mostrando o que realmente sabe fazer, agradacer com um "obrigado São Paulo" e colocar a galera pra pular em "Socialite".
Seguida por "All along the watchtower"
"Sarah smile"
"Shine"
"Go faster"
"Losing my mind"
"Stand"*

*Set list eu peguei em uma das comunidades, e não sei se algumas músicas estão corretas porque há 2 músicas da qual eu não conhecia.

Mas enfim, foram 2hs de puro Rock'n Roll como só o Kotzen sabe fazer.
E pra finalizar faltou dizer que o baixista do show de 2007 - não sei o nome dele - fez muita falta pra contracenar entre caras e bocas, solos e dancinhas, divididas no palco.
A cara de sono, o novo estilão contestável do Kotzen, com uma mistura de rockstar, mendigo, newhippie e Jesus cristo, fez a sua marca, na passagem pela noite fria paulistana.

Richie Kotzen sempre mostra - no ápice da expressão - ser MUITO FODA ao vivo e a cores, e é sempre um bom show, que vale a pela o valor, a espera e o cansaço. Deixando sempre aquele sabor de quero mais.

Fotos ruins, pela baixa capacidade da câmera e pelas condições das luzes. [link será removido em breve]

Videos:


High

Everything good

Faith

Remember

30 abril, 2009

Signs

Sometimes is all u need.


A simple short film about communication.
Created by Publicis Mojo and @RadicalMedia
Director: Patrick Hughes


Comunicação é tudo.
Seja lá qual for a maneira de se expressar.

Faith - Richie Kotzen

Pra melhorar os passos, pra antecipar a ansiedade...



Kotzen know feel[ings]

25 abril, 2009

Memórias inventadas (ou A pequena M.)

A pequena M. já se atraía pelo obscuro e por todas as coisas que lhe eram negadas, que colocavam como proibidas. E assim, nada lhe impediu que simulasse uma febre, pra ficar mais longe das frações e mais perto da quimíca, ou melhor, daquele termômetro, daquela ponta prateada, líquida e fria, que diziam que causava doenças pra distancia-la do perigo. E assim, na euforia, A pequena M. derrubou o termômetro do braço ao chão, ajoelhou-se pra juntar os cacos e esconder a sujeira, e então se deparou, com todas aquelas gotas esparramadas, que não se juntam com o resto do resto, e pasma, tomou coragem e tentou apalpar, cutucar, pegar com a palma da mão, dividir aquela fluidez fascinante, aquele líquido prateado, que mais pareciam bolas de metal, que jamais se misturariam com qualquer outra coisa que não fosse ele mesmo.

E então A pequena M. se deu conta, de aquilo já havia ultrapassado o nível da curiosidade e que aquela "anormalidade" só provou que deveria esconder o objeto quebrado por alguns dias numa gaveta, até ser descoberto pela mãe, que deu mais sermões pelas mentiras do que pelos riscos da toxicologia.

Não houve fadiga, nem dores de cabeça, muito menos hipertensão, mas toda essa atração pelo que apontam como Não, foi o bastante pra A pequena M. descobrir que nem tudo que reluz é ouro, mas enquanto for consistente, não será como os demais.

21 abril, 2009

Soluções gráficas em Cd Covers

Dizem que não se deve julgar um livro pela capa, ou neste caso, um Cd. Hoje, tanto os artistas, quanto os fãs, se preocupam com um bom projeto de Cd covers, buscando a solução pra necessidade em transpor o conteúdo na capa, e claro gerar o marketing.
Eu, quando nem imaginava o que era tipografia e a importância do uso da gestalt em projetos gráficos, muitas vezes comprava Cds pelas capas.

Particularmente, capas de Heavy Metal e alguns álbuns dos anos 80's, a maioria não me agradam; acho exagerados e muitas vezes, sem nexo, causando impactos extremos entre amar e odiar. Salva-se os anos 70's, uma época descontraída, cores e contrastes excêntricas que não encontramos atualmente.

Para análise busquei Cd covers nos meus artistas favoritos, com soluções gráficas no minimalismo, equilibrio, contraste, vetor, o uso adequado da tipografia, a coerência formal [cover+conteúdo]:

Portishead, e o "P" como logo, é impactante. Não sei se foi projetado com a tipografia Impact, mas consegue revelar isso, com bastante semelhança no impacto que ambas causam, e a capa do Third é simplesmente a prova disso, além da simplicidade que muito me agrada:

Portishead - Third



Moodorama - Listen



Metric - Old World Underground, Where Are You Now?



Zero 7 - Simple Things



Massive Attack - Protected



Nouvelle Vague - Rande a Part

O melhor álbum do Marilyn Manson, Holy Wood, não poderia deixar de ter um dos melhores e mais bem elaborados encartes de Cd que eu já vi. Apesar da cover não me agradar muito, o material interno do encarte é fantástico, uma produção com os integrantes da banda, caracterizados em cartas de tarot.


[Mas esse merece um post único... coming soon]


Após algumas pesquisas na internet, encontrei um blog com uma divulgação linkada das 50 melhores capas de cd, segundo a revista Gigwise [?]

Eu não sei que tipo de parâmetro e requisito foram usados para fazer esse tipo de julgamento, mas contesto com boa parte das covers classificadas como melhores, como Nirvana, e aquela capa do bebê nadando; Pinky Floyd e o suspeito prisma; The Clash, num momento rockstar quebrando a guitarra; Aerosmith e o branding na vaca; Velvet Revolver e a banana vetorizada.

Quem quiser, comentem sobre suas covers favoritas.

18 abril, 2009

E tudo começou assim...

Toda criação requer tempo e um processo, e com todas as habilidades e criatividade, minadas durante o desenvolvimento como ser humano, isso não é diferente.
Depois de uma arrumação naquele canto escondido e esquecido da casa, encontrei vários materiais que me fazem entender hoje, o porquê das coisas, enquanto gargalhava com a inocência esquecida, folheando páginas empoeiradas de cadernos da 3ª-4ª série, percebo que eu tinha mais desenhos rabiscados que frações resolvidas.


[Aliens em Saturno e anéis em Júpiter?]



[O Grinch que odeia o Natal?]



[Parecem humanos vestidos de... Vaca? Sapo... Boi?
Estariam eles cantando?]



[Percepção de classes e estilos de vida?]

Mathias olhando desenhos:
"Você tinha uma coisa com cabelos enrolados".

Realmente!
Eu não gostava do fato de ter aquele cabelo chanel escorrido na cara, durante toda minha vida escolar.



[Entendi porque não me contento com 9]

10 abril, 2009

Eu, que morri à um tempo, renasci diversas vezes.
Morri de novo com toda força que tinha descoberto, com todo amor que achava certo. Mas leva um tempo, e renascemos de novo, e de novo e de novo, até morrer de vez.

Saio sem saber se volto.
Volto sem saber se fico.
Fico presa à todas as coisas que me fizeram morrer, à cada lágrima escondida, à cada dor sem fala.

Eu, que um dia vivi, cerro os olhos no melhor momento, com toda essência que não cabe mais aqui, pra esquecer do tempo que voa lá fora e do que um dia jamais se tornou realidade em todas as preces, de que a flagelação já não tocasse com tanta força o que resta, pra dizer que o amanhã é certo, pra dizer que está tudo bem.

04 abril, 2009

Aquisições para designers #1

Super trunfo agora na versão tipográfica.



Desenvolvido pelo designer Rick Banks, esse jogo nostálgico, hoje é produto de aquisição para designers, diretores de arte, tipógrafos, publicitários...

Como um Super Trunfo normal, exibem uma série de dados sobre cada fonte, como o ano de criação, preço, legibilidade, marca famosa que a utiliza etc, além de uma diagramação bem elaborada.



Piada nerd na aula de Proj. gráfico:

"Super trunfo? Vamos fazer Magic Type!"
"Eu invoco Guntenberg! E o seu poder é tipos móveis e facas especiais!"

Huahuaha

01 abril, 2009

É tudo mentira!

Foi-se o tempo em que pregávamos peças em quem quer que seja, com a desculpa do dia da mentira, dia que permitia ser qualquer coisa que não valia em qualquer outro dia. Hoje quem prega peças é a vida. De uma hora pra outra você é o protagonista de uma piada infame, tentando acrescentar ação ao seu personagem, achando que pode, que deve, dirigir esse roteiro mal acabado, mal organizado, nessa história cheia de conflitos, onde o fim é certo e quase que próximo.

1 min. aqui, no próximo sabe-se lá...

Talvez aquele seminário não seja apresentado; aquela ligação não seja feita; aquele jantar esfrie; aquelas contas serão pagas, por outras pessoas; aquela melodia, muda; aquele livro, pela metade; aquele olhar, cerrado; aquele diploma, mofado; aquelas roupas serão lavadas, dobradas, guardadas e um dia, doadas; aquele monte de papel e tralhas da qual custava a se desfazer, em pouco tempo, serão rasgados, empilhados e dissolvidos, sem deixar rastros de qualquer evidência da sua existência.
Todos os sentimentos morrerão na boca, no peito, na alma e todo tempo gasto numa vida, será varrido como pó.

Que irônia! Nem um cafézinho, muito menos um abraço pra dizer adeus.

25 março, 2009

May Cell Phone

Após 6 anos enferrujada - antes Macromedia, hoje Adobe - meu "primeiro" teste em Flash para disciplina de Animação e vídeo.

Uma animação curtissíma que talvez passe por ajustes, mas até então o resultado é esse:



se não conseguir visualizar, veja pelo youtube

Softwares:
Illustrator CS2
Flash CS3

Em breve, blog com trabalhos acadêmicos.

19 março, 2009

Helvética: Amor ou ódio?

A Helvetica é uma família tipográfica sem-serifa, considerada como uma das mais populares ao redor do mundo. Devido às preocupações que originaram seu desenho, é uma das fontes mais associadas ao modernismo no design gráfico.



D
esenvolvida por Max Miedinger com Eduard Hoffmann em 1957 para a Haas Type Foundry em Münchenstein, Suíça. Seu título é derivado de Helvetia, o nome latino da Suíça, mas resolveram mudar para Helvética pois o nome soaria patriota demais. A fonte é baseada em uma tipografia mais antiga chamada Akzidenz Grotesk, criada em 1898.

A fonte tornou-se bastante popular na década de 1960, sendo usada em praticamente qualquer aplicação: a expressão "Se não souber o que usar, use Helvetica" tornou-se famosa. Em 1983, a empresa Linotype lançou a Neue Helvetica (nome alemão para "Nova Helvetica"), um redesenho otimizado da Helvetica original.

Entre outros usos famosos, a Helvetica é a fonte padrão do sistema de comunicação visual do metrô de São Paulo.

Para seu sistema operacional a Microsoft desenvolveu uma familia tipográfica muito associada à Helvética, a famosa Arial, mas ainda há controvérsias e criticas de que seja uma "cópia inferior". Uma maneira fácil de identificar as duas fontes é através da comparação dos tipos relativos às letras "C", "G", "R" maiúsculos e do "a" e "t" minúsculos:



Em 2007 foi lançado o Helvética A Documentary Film.



Um filme independente sobre tipografia, design gráfico e cultura visual global. Ele olha para a proliferação do tipo (que recentemente comemorou o seu 50 º aniversário em 2007) como parte de uma grande conversa sobre a forma como ele afeta nossas vidas.
Engloba o mundo do design, publicidade, psicologia e comunicação, e convida-nos a ter um segundo olhar para os milhares de palavras que vemos todos os dias. O filme foi filmado em alta definição da localização dos Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Suíça, França e Bélgica.



Simples, racional, direta, limpa, clara e suas controvérsias.
Há quem ame, há quem odeie.

Ironicamente, o post foi escrito em Arial. Mas ainda assim eu apoio o uso da Helvética:



05 março, 2009

Movies #3 - Fevereiro

Com um pouco de atraso...

26 fevereiro, 2009

Sonhos

Eu já sonhei que sonhava, quando na verdade, esquecia como era sonhar na realidade.

Todo mundo um dia já se viu nú na escadaria do colégio; correndo com angústia no peito e atraso nos pés ou tomando parte de socos, quando as mãos nem sequer tocavam o adversário.
Custa lembrar dos sonhos, quando estamos mais aqui, do que lá.

Interpretam os sonhos como uma experiência da imaginação do inconsciente ou presságios.
Na noite passada... "Eu estava num cemitério, daqueles monumentais; um menino com aproximadamente 3 anos, atendia por Rafael, pedia abraço, colo e me chamava de mãe. Um outro menino da mesma idade, também queria atenção, mas era como uma criança perdida entre aqueles corredores de estátuas. Eu tentava amparar ambos.
Depois o sonho passa para outro episódio onde crianças negras brincavam no meio de papelões e plásticos nas proximidades da faculdade. E eu andava incansavelmente em volta de muros brancos, grandes e descascados, dizendo: "eu estudo lá". E vinha rostos pouco conhecidos, sentados, desenhando debaixado de tendas".
Estranho, porém lembro de cada minuciosiosidade como se fosse realidade.

Segundo sites por aí, sonhar com:
Cemitério - Se o tempo estiver bom: alegria.
Prosperidade. Saúde para as pessoas do sonho.
Criança - Simbolizam a pureza da alma, o desejo de ser um(a) protetor(a). Também pode representar pontos fracos na sua personalidade, como sentimentos de fragilidade e ingenuidade. Criança bonita e saudável: alegria, sucesso.
Lixo - Amizades estranhas.
Muro - Obstáculos no processo, aborrecimento ou desejo de se proteger.


Se a maior parte dos meus sonhos fossem representados audiovisualmente, seria assim:


Moodorama - Never mind

...sempre retrocedendo, sempre em slow, com cores contrastantes e imagens soluveis.
.
.
.
9a.m. da quinta-feira, o telefone toca, e algumas coisas se encaixam.

17 fevereiro, 2009


Tipo: B+
Hemoglobina: 12
Hematocrito: 34
Eritrócitos 3,62
Plaquetas: 120.000 mm3
Leucócitos: 4.700 mm3
TTPA: 16,4 seg
Fibrinogênio: 90mg

Por quanto tempo o corpo aguenta com o sangue esvaindo até uma parada cardíaca? Minutos?
Dá tempo de repensar? Dá tempo de reverter? Até que ponto você intervirá? E se passar desse ponto? Quem intervirá por você?
Por quanto tempo sentado, você aguentaria ver seu sangue escorrer, com os pés no piso frio, e a poça vermelha aumentando em volta deles?
O que antecipa? A vista turva? A palpitação? As extremidades roxas? O coração forçado? Ou o desespero?
O que resta depois de tudo? Um choro? Um grito? A roupa manchada? O chão fedendo? Ou uma página virada?

Todo mundo cuida do corpo porque não terá onde viver. Principalmente quando se sabe que ele pode sabotar sua passagem a qualquer instante. Continuamos sustentando esse santuário, essa arma de desespero. Mas até que ponto isso depende de nós?

Eu costumo dizer que o ser humano se adapta à qualquer condição que lhe é imposta. Mas se perguntarem sobre cansaço... o estoque de argumentos e esperanças estão acabando.

15 fevereiro, 2009

Movies #2

Vale [muito] a pena ver de novo, e de novo:

Fatal


-É como não ser capaz de poder se colocar em uma posição confortável, porquê...
não importa pra que lado se vire, você está preso.
Estou presa dentro de mim.
Quando penso nas coisas que
acreditava ser importantes...
as brigas com minha mãe...
é estúpido!
Todo o tempo que perdi... dormindo.


Minha vida sem mim


-Quando você olha para uma pessoa pode ver 50% do que ela é, e querer saber o resto, é o que estraga tudo. ...
-Eu menti.. quando falei que, ao olhar para uma pessoa você conhece 50% dela. Creio que quando olho pra você, vejo... não sei, talvez 10%. E esses 10% são...
...

-Não são tão ruins são?


.

"Você nem sequer lamenta a vida que não vai ter..."


A vida secreta das palavras


-Sabe guardar um segredo?
-Sim.

-Tem certeza?

-Sim.

-Te direi, mas terá que se aproximar, falarei no seu ouvido.
Aproxime-se para eu poder dizer. Mais perto.
-Sim.

-Não sei...

nadar.


.

-Como se convive com o passado?

-Com as consequências.
-Como se convive com os mortos?

-Não sei.

Tem que seguir em frente, suponho.


Coisas que nunca te disse


-Não nos damos conta quando estamos felizes, e isso também é injusto. Deveríamos poder viver a felicidade e poder guardá-la para quando ela faltasse...só um pouquinho, como se guarda cereal extra
na dispensa, como o papel higiênico do banheiro.
-Porque você precisa de extra?
-Você não? É feliz?
[...]
-Então, como é ouvir os problemas dos outros no meio da noite?
-Você quer mesmo saber?
-Sim.
-É melhor que ficar em casa e pensar sobre os meus problemas.
-Por isso faz isso?
-Não acho que você tenha ligado para falarmos de mim. Vejo que você parou de chorar.
-Você sabe o que é o amor?
-Não. Por quê?
...

.

"Há muitas coisas que eu gostaria de ter dito a ela.
As coisas que você sempre diz serem as mais importantes. Mas...não é sempre assim?"



Conversas em lavanderias, as (im)possibilidades de fazer/dizer algo, antes de qualquer interrupção (im)prevista; a maneira de explorar com delicadeza solidão, depressão, enfermidade, amores instantâneos, a sensibilidade das coisas que aparentam tão minimas, o que caracteriza e me encanta nos filmes de Isabel Coixet, uma das minhas favoritas, como um post-it escrito: "Você está vivo"

02 fevereiro, 2009

Design #7

5° semestre iniciando e eu estou de casa nova.

É difícil tomar alguns rumos sem olhar pra trás, sem um pouco da covardia que assola quando as malas foram desfeitas a mais de 2 anos; quando ainda não aprendeu a lição do desprendimento; quando havia projetado o futuro, mesmo que incerto, e de repente, tudo muda, os rostos, os caminhos, o tempo, o suor... Sem contar o medo do que está do outro lado da porta dessa nova casa. Mas a vida, acadêmica principalmente, é assim, com idas e vindas, aprendizados e lembranças que não foram em vão. Nada é em vão.
Eu não estou levando uma pequena caixa, mas uma bagagem, suficiente pra usar daqui pra frente, e reservando bolsos pra preenche-los logo mais.

19 janeiro, 2009

Férias e um copo cheio de saudade

(...) a leitura da ponta dos dedos; o resmungar do nariz; os fios de cabelo bagunçados com a inquietude sobre o travesseiro; a meia luz da noite e a meia luz do dia que invadem o quarto pelas frestas; os golpes precisos; os músculos enfraquecidos; o estalar dos ossos; os risos não contidos; o entregar aos embaraços; as manhãs de domingo; o encarar sério tentando vencer pelo cansaço e pelo entregar de sorrisos; a face afundada no decote, enganando o rubor da timidez; as melodias que embalam a intimidade; os acordes que remetiam a partida; a falta de ar debaixo d’água; a falta de ar com pernas trêmulas e a falta do ar com coração querendo falar “saudade”, “amor”, “não vivo sem você por perto”.

Mais do que palavra sem a tradução das línguas, saudade é o sentimento único que não mensura a força com que rasga o coração, a quilometragem que separa os corpos ou razão pela qual se manifesta; ligando os dias não muito distantes e de sensações que deixam resíduos. Todo mundo um dia já se sentiu assim, e é quase uma estupidez enganar-se de sua existência, fazendo com que "o longe" e "o perto" pareçam tão iguais e confundidos como pernas e estrelas.
A saudade é uma dor da espera, e nem é dor física, mas dói, dói pra caralho, e ora outra, uma voz, uma conversa, reler cartas, rever fotos, ameniza em doses homeopáticas essa dor, esse querer trazer de volta pra a realidade palpável e vivida.
Ninguém tem saudade de dor, de tapa, de grito. Ou como diria Neruda: "Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: aquela que nunca amou". E é ela que nos faz aquela visita nas horas mais inoportunas, mais frias e vulneráveis, e só cessa - quando cessa - com retornos.

Mas a espera e o tempo, apesar de arrastarem arados, valem quando carrego essa ânsia, do melhor que está por vir; do momento exato em que em meus braços, terei de volta todo aroma que busquei durante dias na casa, na cama, no chuveiro, no terraço, nas ruas de SP, no sonho e na realidade.

E o melhor de tudo é que hoje, eu tenho mais dedos nas mãos, do que dias pra contar.

13 janeiro, 2009

Design #6

What really matters to you / me ?




We Think - Mass inovation, not mass production



*Design Sustentável
Há quem guarde o amor no coração, outros o digere e guardam no estômago, e até no nariz, quando sentem o cheiro e o gosto do amor.
Me perguntaram onde é que eu guardava o meu. Bem, eu guardo no sangue, ou pelo menos, tento. Mesmo sabendo que de vez em quando ele esvai. Ao menos ele percorre o corpo todo, o tempo todo, como o fluxo da vida.

Amor como hemácias, oxigênando.
Amor como plasma, coagulando.

Amor no sangue. Amor vital.



Onde você guarda o seu?

08 janeiro, 2009

Leitura #1

Começo aqui uma série de posts voltada pra leitura. O ano mal começou e eu já mergulhei em livros. Terminei dois livros em 3 dias - Entre quatro paredes - Jean-Paul Sartre e Malu de bicicleta - Marcelo Rubens Paiva.

Já comentei com o dono dos livros que esse último, a príncipio, havia me irritado. O protagonista é um galinha sem limites, um putão neurótico e reclamão, que no fundo, no fundo, era inseguro e não conhecia nada sobre as mulheres, ou melhor, conhecia tudo, mas só usava pra tirar proveito das curvas alheias; só pensava em sexo. E com aquela pontinha do feminismo a flôr da pele enquanto lia, torcia pra tudo dar tudo errado com ele.
Bom não vou falar muito, mas a história gira em torno da paixão dele por Malu, a carioca da bicicleta. Uma historia bonitinha, romântica, erótica, sórdida, cheia de contradições e boca suja, em um momento ou outro o personagem quase se redimiu pela minha afeição, mas ainda continuo achando que é um cuzão.
Posso dizer que gostei da disposção em que a história se desenrola, do humor de baixa categoria. Não conseguia parar de ler, e no fundo deixa o gosto (des)conhecido de amor, traição e confiança.

Malu costumava me olhar enquanto eu dormia, Só descobria quando abria os olhos surpreendendo-a. E cheguei a perguntar:
"O que você está vendo?"
"Você."
"Você não dormiu?"
"Não costumo dormir a essa hora."
"Ficou me vendo dormir."
"É."
"Por quê?"
"Porque é bonito."
"Eu dormindo?"
"É."
"O meu rosto?"
"Tudo. Você tem umas pernas bonitas"
"O que são pernas bonitas?"
"Assim. Branquinhas, fininhas, com estas pintinhas"

Passamos quatro noites naquele quarto. Contando pintinhas, catando cabelos, alisando sobrancelhas, deslizando o dedo em dobrinhas, procurando ler retinas, conhecendo as orelhas, escutando a barriga roncar, roendo cutículas, ouvindo os tons e escutando as batidas dos nossos corações. Trepávamos antes e depois do banho. E antes e depois de comer.

07 janeiro, 2009

Fotografia #2

One year in 40 seconds


por Eirik Solheim
Imagens e sons de uma mesma paisagem em Oslo, Noruega - captadas durante um ano, compiladas em 40s.

05 janeiro, 2009

Fotografia #1

Decidi abrir uma série de posts sobre um dos meus melhores passatempos (ou seria a melhor afeição?), a fotografia.

Certa vez questionaram-me sobre a desvalorização da pintura em relação à fotografia. Sem protelar, respondi: "O momento exato só pode ser registrado com a foto. A pintura sempre terá seu devido valor e beleza, mas é necessário a disposição de espaço, sentimento de quem o faz , tempo pra realiza-la. E talvez até o seu fim, ela poderá ser modificada. A fotografia não, é o momento exato das emoções, da sua história".

Há quem não goste de uma câmera apontada sobre o rosto e estampar um sorriso amarelado, mas a fotografia além de ter a função para identificar algo, seja ela pra fins legais ou culturais, é uma das primeiras coisas em que as pessoas se preocupam em não perder; evitando que as tragédias e os fênomenos climáticos destruam suas histórias - suas únicas lembranças de um passado retratado - que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.


Foto: 6pm - 7pm - 8pm [Summer]*
por May
*Essas fotografias, tiradas num breve espaço de tempo, são exemplos da transformação das coisas em nosso meio; a cor, o ângulo, os detalhes de uma mesma cena; o tempo que passa ou rostos que se modificam em frente à uma lente; das coisas inesperadas que estão prontas para serem registradas com seu próprio Feeling.

Minha galeria de fotos